A noite desta segunda-feira, 17 de novembro, marcou a história da Mon Plié Academia de Dança. No palco do Teatro Gustavo Leite, o espetáculo anual levou o público a uma viagem sensível pelas raízes, memórias e afetos do Nordeste. “O sonho de um nordestino” celebrou técnica, emoção e pertencimento, guiado por histórias que, antes de serem coreografias, foram vivências.

A ideia do espetáculo nasceu do desejo de valorizar as raízes, cultura e a força do povo nordestino, segundo Cíntia Santos, diretora e coreógrafa da escola. “Quis transformar essas memórias e essa identidade nordestina em arte, celebrando nossas raízes”, reforçou. A apresentação foi fruto de um processo intenso que envolveu criação do enredo, coreografias e escolha de músicas ao longo de quase quatro meses. Cada turma se dedicou a compreender e sentir a essência da narrativa, refletindo em cena a força de uma cultura que inspira.

O engajamento dos bailarinos também se fortaleceu pela participação ativa no processo criativo. “Inspiro mostrando que eles fazem parte de algo maior. Quando eles entendem isso, entram no palco com verdade, confiança e vontade de dar o melhor”, destacou Cíntia. Ela acrescenta que incluir os alunos em decisões sobre montagem, figurinos e músicas faz toda a diferença para a entrega artística.

Ao final, a diretora destacou o poder transformador da dança, capaz de desenvolver disciplina, autoestima, responsabilidade e sensibilidade. Segundo ela, é por meio da arte que muitos alunos descobrem talentos, constroem memórias e encontram acolhimento. “É incrível perceber o quanto a dança salva”, comentou Cíntia, emocionada, ao lembrar relatos de famílias que viram seus filhos superarem momentos delicados, incluindo episódios de depressão.