Nesta semana, o Hospital da Cidade, primeira unidade hospitalar municipal da história de Maceió, chama a atenção da população para os riscos da osteoporose, em alusão ao Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, celebrado em 20 de outubro. A data é dedicada à conscientização sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, que afeta principalmente idosos e mulheres após a menopausa.

Gerido pela organização social Maceió Saúde, o Hospital da Cidade tem atuado como referência em atenção hospitalar no município, com foco em qualidade, inovação e cuidado humanizado. Para o gerente médico da unidade, o geriatra João Anderson França Machado, é fundamental falar sobre o tema com clareza, principalmente devido à natureza silenciosa da doença. “A osteoporose é uma doença caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos, deixando eles mais frágeis e aumentando o risco de fraturas, especialmente em mulheres após a menopausa e em idosos. Mas o importante é saber que ela tem tratamento e que existem algumas medidas que podem ajudar a prevenir, como uma dieta rica em cálcio, a prática de exercício físico regular, como caminhadas e musculação, evitar o cigarro e o excesso de álcool", afirmou o médico.

A osteoporose pode ser classificada em três tipos principais: pós-menopausa, senil (mais comum em pessoas com mais de 70 anos) e secundária, causada por doenças ou uso prolongado de certos medicamentos, como os corticoides. Entre os principais fatores de risco estão a baixa ingestão de cálcio e vitamina D, o sedentarismo, o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. O médico acrescenta que o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença na vida dos pacientes. “Ela é uma doença silenciosa e o primeiro sintoma pode ser uma fratura. Assim, o diagnóstico e o tratamento adequados fortalecem a independência e qualidade de vida do paciente”, destacou João Anderson.

Para prevenir a osteoporose, os especialistas orientam a adoção de hábitos saudáveis desde cedo. A exposição diária ao sol, a prática de atividades físicas, a alimentação rica em cálcio, a suplementação de vitamina D quando necessária e a eliminação de riscos domésticos para evitar quedas são medidas fundamentais. O exame de densitometria óssea é o principal método para diagnóstico da doença e pode ser indicado a partir dos 50 anos, especialmente em pessoas com fatores de risco. Além disso, estudos mostram que uma primeira fratura pode aumentar em até cinco vezes a probabilidade de uma nova fratura, reforçando a necessidade de atenção e cuidado contínuo.