A Caixa Econômica Federal (CEF) se pronunciou nesta terça-feira (23) e afirmou que não há evidências de envolvimento de seus funcionários no esquema de fraudes desarticulado pela Polícia Federal (PF) em Alagoas. A operação, denominada Máscara de Vidro, investigou um grupo criminoso que aplicava fraudes em diversos municípios do Estado, causando prejuízo estimado em R$ 507 mil à instituição financeira.

Segundo o delegado da Polícia Federal de Alagoas, Luciano Patury, as investigações descartaram qualquer participação de empregados da Caixa nos crimes. "Até o momento, não colhemos qualquer indício da participação de funcionários da Caixa nos ilícitos investigados", afirmou.

O esquema de fraude operava desde novembro de 2023 e envolvia a falsificação de documentos de identificação para a abertura de contas bancárias fraudulentas em nome de terceiros. Os criminosos utilizavam suas próprias fotos em documentos falsificados para abrir contas e contrair empréstimos, utilizar cartões de crédito e acessar limites de cheque especial de maneira irregular. As ações criminosas ocorreram em cidades como Maceió, Arapiraca, Santana do Ipanema, Olho d'Água das Flores e Porto Calvo.

Durante a operação, a PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão em Maceió, Atalaia e Boca da Mata. Foram apreendidos documentos e celulares, além de ter sido determinado o sequestro de R$ 500 mil, correspondente ao lucro ilícito do grupo.

Os suspeitos, que foram interrogados e indiciados, responderão por estelionato majorado, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Se condenados, as penas podem ultrapassar 27 anos de prisão. A investigação segue em andamento, com a PF tentando identificar outros envolvidos e trabalhar para ressarcir a Caixa Econômica Federal pelo prejuízo causado.