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Samu apresenta estratégias para emergências em saúde mental durante seminário em Maceió
Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) participaram, nesta sexta-feira (5), do seminário “Saúde e Segurança: um olhar pela vida”, promovido pelo Departamento Estadual de Aviação (DEA) como parte das ações do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio. O evento aconteceu no auditório da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e reuniu representantes de diversas instituições ligadas à saúde e à segurança pública.
A palestra magna foi conduzida pelo coronel Diógenes Martins Munhoz, do Corpo de Bombeiros de São Paulo, que apresentou o método “Abordagem Técnica a Tentativas de Suicídio”, desenvolvido por sua equipe. A proposta prioriza a escuta qualificada e humanizada como ferramenta central de abordagem, aliando técnicas específicas de dissuasão para salvar vidas em situações críticas. “O maior desafio é convencer, naquele momento, que viver é a melhor escolha. E isso exige técnica, paciência e humanidade”, afirmou o coronel.
Munhoz destacou ainda que diferentes tipos de sofrimento – depressivo, agressivo e psicótico – exigem abordagens distintas, e defendeu o uso de zonas de aproximação seguras para garantir tanto a proteção dos profissionais quanto a eficácia do diálogo com a pessoa em crise.
O Samu foi representado na mesa-redonda “Da crise ao cuidado: caminhos da Rede de Atenção Psicossocial nas Emergências” pela coordenadora de enfermagem Juliana Tenório, que apresentou o projeto Samu – Urge Mental. A iniciativa busca qualificar o atendimento a pessoas em sofrimento psíquico, por meio de um Núcleo de Regulação de Saúde Mental, com equipes compostas por psiquiatras, psicólogos e enfermeiros especializados, além da criação de uma viatura exclusiva para esses atendimentos. “Todos os dias de nossas vidas estamos prestes a fazer aquelas pequenas mudanças que fariam toda a diferença”, destacou Juliana.
O médico socorrista Raphael da Rocha Carvalho participou da mesa “Cuidar sob tensão: saúde e segurança pública nas emergências em tentativas de suicídio”, e reforçou a importância de avaliações completas nos atendimentos psiquiátricos, levando em conta fatores de risco como presença de armas, objetos cortantes e sinais de uso de álcool ou drogas. Segundo ele, o suicídio é hoje a terceira principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, com cerca de 727 mil casos registrados anualmente em todo o mundo. Raphael enfatizou que o combate ao suicídio depende de ações conjuntas entre instituições e de um olhar mais sensível das equipes de emergência.
O seminário reuniu representantes do DEA, Samu, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Ministério Público de Alagoas e do Programa Salva Mais. As discussões reforçaram a importância da capacitação contínua dos profissionais da linha de frente e da consolidação de políticas públicas voltadas à saúde mental.
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