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União Progressista decide romper com governo Lula para apoiar anistia a Bolsonaro

A federação União Progressista, formada pelos partidos União Brasil e PP, decidiu, nesta terça-feira (2), que todos os seus filiados devem deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi revelada pela Folha de S.Paulo e confirmada por lideranças das duas siglas. Com a decisão, os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo) — ambos deputados licenciados, do PP e União Brasil, respectivamente — terão de deixar seus cargos. A expectativa é que eles deixem os ministérios até o fim de setembro.
A medida também inclui o apoio oficial da federação a um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), abrangendo também investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, embora mantendo a inelegibilidade do ex-mandatário. A decisão foi tomada em uma reunião entre os presidentes das legendas, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), realizada nesta terça-feira. Um anúncio oficial à imprensa está previsto ainda para hoje.
Apesar do rompimento, é possível que algumas indicações políticas dos dois partidos permaneçam no governo. No União Brasil, por exemplo, seguem nos cargos Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), ambos ligados ao senador Davi Alcolumbre (AP), aliado do Planalto. Já o PP ainda controla a presidência da Caixa Econômica Federal, ocupada por Carlos Vieira, indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A saída ocorre poucos dias após o presidente Lula cobrar fidelidade dos ministros do centrão, durante reunião ministerial na semana passada. Na ocasião, Lula sugeriu que os insatisfeitos com o governo deveriam se retirar. A fala intensificou a pressão pelo desembarque, que já era defendido por Rueda e Ciro Nogueira, mas enfrentava resistência de setores internos das siglas.
Nos bastidores, Fufuca e Sabino tentaram evitar a saída — ambos planejam disputar o Senado em 2026 e viam o apoio do Planalto como estratégico. No entanto, a orientação pelo rompimento acabou prevalecendo.
Com o afastamento do PP e do União Brasil, a base oficial do governo na Câmara deve cair para 259 deputados, apenas dois votos acima da maioria absoluta (257). A mudança aumenta a instabilidade política no Congresso, justamente no momento em que o Planalto tenta aprovar medidas para conter a queda de popularidade do governo.
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