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Governo Lula projeta novas sanções dos EUA após julgamento de Bolsonaro no STF
Trump pressiona pelo fim dos processos contra o ex-presidente e já impôs tarifaço de 50% a produtos brasileiros; Planalto fala em fase crítica nas relações bilaterais

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que as relações com os Estados Unidos entraram em uma “fase crítica” diante da pressão exercida pela gestão Donald Trump em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que será julgado a partir desta terça-feira (2) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o "principal articulador, maior beneficiário e autor" de uma suposta trama para se manter no poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022. O julgamento, que também envolve outros integrantes do núcleo central da tentativa de ruptura institucional, pode agravar ainda mais o clima diplomático entre os dois países.
Trump, que lidera a campanha pela reeleição nos EUA, tem defendido abertamente Bolsonaro e chegou a citar o julgamento no STF como um dos motivos para o aumento das tarifas de importação de produtos brasileiros, em vigor desde 6 de agosto. O chamado “tarifaço” estabelece um imposto de 50% sobre itens estratégicos exportados pelo Brasil.
Retaliações e reciprocidade
Segundo fontes do Palácio do Planalto, há o receio de que uma eventual condenação de Bolsonaro no STF leve Washington a impor novas sanções econômicas, incluindo restrições comerciais ou até sanções individuais contra ministros da Corte.
Apesar disso, integrantes do governo Lula afirmam que os estudos para possíveis medidas de reciprocidade contra os EUA já estavam em andamento e não são uma resposta direta ao julgamento. O processo, no entanto, deve ser acelerado diante do novo cenário. Como o trâmite legal para adoção de retaliações é longo, eventuais medidas brasileiras só devem ser implementadas no fim deste ano ou em 2026.
Nos bastidores, diplomatas brasileiros classificam o momento como um dos mais delicados da relação bilateral desde o retorno do PT ao Planalto, especialmente diante da interferência direta de Trump em assuntos internos do Brasil. O governo norte-americano, por sua vez, ainda não comentou oficialmente o julgamento ou as tarifas impostas.
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