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Programa alagoano de combate ao AVC ganha destaque nacional e internacional com uso de telemedicina

Uma iniciativa da saúde pública alagoana tem chamado atenção fora das fronteiras do estado. O programa AVC Dá Sinais, criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), vem se consolidando como referência no combate ao Acidente Vascular Cerebral, uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Com o uso de telemedicina, estrutura integrada e atendimento ágil, o projeto já foi apresentado em congressos nacionais e internacionais e tem recebido visitas técnicas de delegações de outros estados e países.
Lançado em 2021, o programa já contabiliza 6.590 atendimentos, com 4.116 casos de AVC confirmados. Destes, 504 pacientes foram submetidos à trombólise — procedimento que dissolve coágulos e restaura o fluxo de sangue no cérebro — e 137 a trombectomias, outro tratamento de emergência para casos mais graves. Apenas em 2024, foram realizados 1.726 atendimentos, com 1.070 confirmações e 121 trombólises, números superiores aos de 2023.
O neurologista Matheus Pires, coordenador do programa, explica que a velocidade no atendimento é crucial para evitar sequelas ou mortes. “No AVC isquêmico, o tratamento com trombólise precisa ocorrer em até 4 horas e 30 minutos após o início dos sintomas. A trombectomia tem uma janela de até 8 horas. Cada minuto conta. Por isso, o reconhecimento rápido dos sinais pela população é essencial”, alerta.
Um dos diferenciais do programa é o uso de um aplicativo de telemedicina que conecta unidades de saúde em diferentes regiões, acelerando a tomada de decisões médicas. Essa tecnologia tem sido fundamental para garantir atendimento eficaz em locais distantes da capital.
Além da resposta rápida no atendimento de emergência, o programa oferece acompanhamento pós-AVC. O Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA) mantém um ambulatório especializado, que garante a reabilitação neurológica dos pacientes. “Essa continuidade no cuidado é essencial para que o paciente recupere qualidade de vida”, destaca Filipe Fernandes, diretor do HMA.
A estrutura do AVC Dá Sinais envolve seis hospitais de referência em todo o estado: além do HMA, fazem parte da rede o Hospital Geral do Estado (HGE), o Hospital Regional da Mata (HRM), o Hospital do Alto Sertão (HRAS), o Hospital de Emergência do Agreste (HEA) e o Hospital Regional do Norte (HRN), recentemente integrado à rede.
Reconhecido como modelo em congressos como o Global Stroke Alliance (SP), o Congresso Brasileiro de AVC (PR) e encontros nacionais da linha de cuidado do AVC, o programa vem se destacando por integrar tecnologia, gestão e capacitação profissional.
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