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Alagoas cresce pouco e mantém uma das menores taxas populacionais do país, aponta IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (28) as novas estimativas populacionais dos municípios brasileiros, com data de referência em 1º de julho de 2025. Em Alagoas, os dados confirmam uma tendência de estagnação demográfica: o estado chegou a 3.220.848 habitantes, com um crescimento de apenas 0,02% em relação a 2024, desempenho que o coloca entre os três estados com menor avanço populacional no país — junto com Rio de Janeiro (0,02%) e Rio Grande do Sul (0,03%).
A baixa taxa de crescimento revela uma dinâmica demográfica estagnada, fortemente concentrada em áreas urbanas. A capital Maceió concentra 994.952 habitantes e, junto com os demais municípios da região metropolitana, responde por mais de 40% da população estadual (1.348.674 pessoas). Arapiraca, no Agreste, se mantém como o segundo maior município, com 243.906 habitantes, reforçando sua posição como polo econômico do interior. No outro extremo, Pindoba permanece como o município menos populoso do estado, com apenas 2.786 habitantes.
No contexto do Nordeste, que abriga 57,2 milhões de pessoas — cerca de 26,8% da população brasileira —, Alagoas registrou o menor crescimento populacional da região, atrás de estados vizinhos como Sergipe (0,36%) e Paraíba (0,47%). A média de crescimento da região nordestina foi de 0,23%, a menor entre as cinco grandes regiões do país.
Em nível nacional, o Brasil chegou a 213,4 milhões de habitantes em 2025, com um crescimento médio de 0,39% em comparação com o ano anterior. A pesquisa também marca o reconhecimento do novo município de Boa Esperança do Norte, no Mato Grosso, que passa a integrar oficialmente o mapa com 5.877 habitantes, elevando para 5.571 o número total de municípios brasileiros, além do Distrito Federal e do distrito de Fernando de Noronha.
Segundo o gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Marcio Minamiguchi, os dados confirmam o que já era indicado pelo Censo de 2022 e pelas projeções populacionais: uma desaceleração no crescimento da população brasileira. Capitais de grande porte, por exemplo, vêm perdendo população para cidades vizinhas. Salvador, Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre e Natal registraram perdas em relação a 2024, movimento que, segundo o IBGE, reflete o adensamento populacional das regiões metropolitanas e a migração para áreas periféricas.
Em contrapartida, cidades como Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), Palmas (TO) e Cuiabá (MT) apresentaram as maiores taxas de crescimento entre as capitais, com destaque para a capital de Roraima, que teve alta de 3,26%, impulsionada principalmente pela migração internacional, especialmente de venezuelanos.
A região metropolitana de São Paulo permanece como a mais populosa do país, com 21,6 milhões de habitantes, seguida pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (12,9 milhões) e de Belo Horizonte (6 milhões). No Distrito Federal e entorno, a RIDE soma 4,8 milhões de pessoas. Já entre as regiões metropolitanas com mais de um milhão de habitantes, Florianópolis lidera o crescimento, com avanço de 2,24%, enquanto Salvador foi a única a registrar queda (-0,01%).
Das 5.571 cidades brasileiras, 2.079 (ou 37,3%) tiveram redução populacional. Por outro lado, apenas 122 municípios registraram aumento igual ou superior a 2%. Municípios pequenos continuam sendo os mais afetados: quase metade dos que têm até 20 mil habitantes perderam população, enquanto entre as cidades com população entre 100 mil e 500 mil, 19% cresceram acima de 1%.
O levantamento do IBGE serve de referência para o Tribunal de Contas da União (TCU) no cálculo dos repasses do Fundo de Participação de Estados e Municípios e tem impacto direto em políticas públicas, planejamento urbano e distribuição de recursos. A pesquisa também leva em conta alterações territoriais ocorridas após o Censo Demográfico de 2022.
No topo do ranking populacional, São Paulo segue como o município mais populoso do país, com 11,9 milhões de habitantes. Em seguida vêm Rio de Janeiro (6,7 milhões) e Brasília (três milhões). Guarulhos e Campinas, ambos em São Paulo, são os únicos municípios fora do grupo das capitais com mais de um milhão de habitantes.
Na outra ponta, Serra da Saudade (MG) continua sendo o menor município brasileiro em número de habitantes, com apenas 856 moradores, seguido por Anhanguera (GO), Borá (SP), Araguainha (MT) e Nova Castilho (SP), todos com menos de 1.100 habitantes.
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