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Regime de urgência

STF cobra explicações da Câmara sobre urgência no “PL da Adultização”

Ministro Flávio Dino dá 10 dias para Hugo Motta justificar aprovação acelerada de projeto polêmico envolvendo exposição de menores nas redes

Por Redação com agências 27/08/2025 08h08
STF cobra explicações da Câmara sobre urgência no “PL da Adultização”

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente em exercício da Câmara dos Deputados, apresente esclarecimentos em até dez dias sobre a condução da votação que aprovou, em regime de urgência, o Projeto de Lei 2.628/2022, apelidado de “PL da Adultização”.

A decisão judicial, proferida nesta terça-feira (26), atende a um mandado de segurança protocolado pelo deputado Marcos Pollon (PL-MS), que questiona a legalidade da votação simbólica usada para acelerar a tramitação da proposta. De acordo com Pollon, o procedimento adotado feriu normas do Regimento Interno da Câmara.

O projeto entrou em evidência após denúncias de exposição precoce de crianças nas redes sociais, trazidas à tona pelo influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. Para Pollon, Motta se aproveitou do momento de comoção pública para ganhar capital político.

Pollon pede anulação da urgência e nova análise

Na ação apresentada ao STF, o parlamentar solicita quatro medidas principais:

Cancelamento do requerimento de urgência (Req. nº 1785/2025);

Anulação da decisão da Mesa Diretora e da presidência da Casa que autorizou o rito acelerado;

Invalidação de todos os atos decorrentes dessa decisão;

Criação de uma comissão especial, conforme os artigos 201 a 204 do regimento, para análise aprofundada do projeto.

STF aguarda resposta antes de decidir


Ao avaliar o caso, Dino afirmou ser essencial ouvir previamente a autoridade mencionada antes de qualquer decisão sobre o pedido liminar. O ministro também notificou a Advocacia-Geral da União (AGU), que poderá se manifestar no processo.

Após o recebimento das informações da Câmara, o caso retornará à análise do Supremo, quando o ministro decidirá sobre o pedido de tutela provisória feito por Pollon.

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