O médico envolvido no atropelamento que matou cinco pessoas e deixou uma ferida na AL-130, em Ouro Branco, no Sertão de Alagoas, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (22), quase uma semana após o acidente. Ele prestou depoimento na Delegacia Regional de Santana do Ipanema.

O caso aconteceu na madrugada do último sábado (16), quando uma caminhonete Hilux vermelha atropelou um grupo de pessoas que, segundo as investigações, havia parado na rodovia para prestar socorro a um motociclista envolvido em um acidente anterior.

Durante o interrogatório conduzido pela delegada Celina Cruz, o médico alegou que tentou frear ao ver as pessoas na pista, mas não conseguiu evitar o atropelamento. Ainda segundo o depoimento, ele fugiu do local por medo de ser agredido, apesar de ser profissional da área da saúde. O médico também afirmou que não havia consumido bebida alcoólica na ocasião.

A delegada Daniella Andrade, que acompanha as investigações, confirmou os detalhes da versão apresentada pelo suspeito e informou que novas testemunhas serão ouvidas nos próximos dias para esclarecer as circunstâncias do acidente.

As vítimas fatais foram identificadas como Jéssica Bezerra da Silva, de 34 anos, natural de Santana do Ipanema; Davi Barbosa da Silva, de 58, e Gineide Avelino Dantas, de 46, ambos de Ouro Branco; e Matheus Alberto Siqueira Tenório, de 27 anos, natural de Jandira, em São Paulo. A quinta vítima ainda não teve a identidade oficialmente confirmada.

O caso causou comoção na região do Sertão alagoano. A Polícia Civil segue investigando o atropelamento, que pode resultar em indiciamento por homicídio culposo ou doloso, a depender das conclusões da apuração.