O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) informou, nesta segunda-feira (18), que irá acompanhar as investigações da Corregedoria da Polícia Militar (PM/AL) sobre a atuação dos policiais durante a confusão ocorrida no Estádio Rei Pelé, em Maceió, no último sábado (16), durante a partida entre CSA e Ituano. O episódio terminou com torcedores feridos nas arquibancadas.

A atuação da polícia será analisada pelas Promotorias de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial (62ª PJC) e do Torcedor da Capital (37ª PJC). O MP pode solicitar imagens de câmeras de segurança, além de verificar quais equipamentos foram utilizados pelos agentes — incluindo se eram armas de menor potencial ofensivo — e se a resposta dada foi proporcional ou excessiva.

Também foi instaurada uma Notícia de Fato, procedimento que marca o início oficial do acompanhamento por parte do MPAL.

 CSA cobra apuração e medidas preventivas

A diretoria do CSA, clube mandante da partida, enviou um ofício ao Governo de Alagoas, direcionado à Secretaria de Segurança Pública (SSP), pedindo responsabilização dos envolvidos na violência e a adoção de medidas preventivas. O documento foi protocolado e divulgado no domingo (17).

Segundo o clube, os meios utilizados pela Polícia Militar para conter os protestos da torcida contra a arbitragem foram “desproporcionais”, incluindo o uso de bombas de efeito moral, balas de borracha e agressões físicas, conforme registrado em vídeos e relatos.

O CSA também pediu a abertura de um procedimento administrativo para apurar eventuais abusos cometidos por agentes de segurança, além da divulgação das informações oficiais da operação policial realizada no estádio. A diretoria cobrou ainda a reparação aos torcedores feridos e defendeu a criação de estratégias conjuntas com a Federação Alagoana de Futebol e autoridades para evitar novas ocorrências semelhantes. O caso segue sob apuração.