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Gilberto Gil exige retratação de padre por falas ofensivas sobre religiões afro e morte de Preta Gil
Cantor notifica Diocese e sacerdote por declarações durante missa que associaram a morte da filha a práticas religiosas de matriz africana; investigação por intolerância religiosa está em curso
O cantor Gilberto Gil enviou, nesta quinta-feira (14/8), uma notificação extrajudicial à Diocese de Campina Grande (PB) e ao padre Danilo César, responsável pela Paróquia de Areial. A medida foi motivada por declarações feitas pelo religioso durante uma homilia, consideradas ofensivas às religiões de matriz africana e desrespeitosas com o falecimento recente de sua filha, Preta Gil.
Segundo comunicado da equipe do artista ao portal g1, a notificação solicita uma retratação pública por meio dos canais oficiais da paróquia onde a missa foi transmitida. O documento ressalta que, apesar de já terem se passado mais de duas semanas desde o ocorrido, não houve pedido de desculpas nem contato da igreja com a família. Gil também requer que o padre seja submetido a apuração interna e disciplinar no âmbito da Igreja, com um prazo de até dez dias úteis para providências.
Durante o sermão, feito no dia 27 de julho, o padre comentou:
“Eu peço saúde, mas não sou atendido, porque Deus sabe o que faz… Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto Gil fez uma oração aos orixás, cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”
O pronunciamento ocorreu durante uma celebração do 17º Domingo do Tempo Comum, parte do calendário litúrgico católico, na cidade de Areial. No contexto da homilia, o sacerdote abordava o tema das preces que, segundo ele, não seriam respondidas por Deus — e acabou relacionando a morte da cantora à sua conexão com crenças afro-brasileiras, o que gerou forte repercussão.
De acordo com o teor da notificação, o padre não apenas questionou a fé da família Gil, como também se referiu às religiões afro como “forças ocultas” e teria desejado que “o diabo levasse” seus seguidores. A equipe jurídica do cantor apontou que a atitude do padre desrespeita a liberdade religiosa, fere o direito ao luto e configura crime de intolerância, previsto no Código Penal com pena de reclusão de dois a cinco anos.
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