A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (25) que as contas de luz terão reajuste extra no próximo mês, com a entrada em vigor da bandeira vermelha nível 2. Isso significa que será cobrada uma taxa adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Em residências com quatro pessoas, onde o consumo mensal gira entre 150 e 200 kWh, o impacto pode ser sentido diretamente no valor final da fatura.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para indicar, de forma simples, o custo real de produzir energia no país. Quando a geração encarece, a cobrança adicional é aplicada automaticamente.

A justificativa da Aneel para acionar o patamar mais alto da bandeira vermelha é a redução no volume de chuvas, que compromete a capacidade dos reservatórios das hidrelétricas. Com isso, o sistema elétrico recorre às usinas termelétricas, que têm operação mais cara.

Como funciona o sistema de bandeiras da Aneel
As cores indicam o custo da geração de energia: quanto menos água nos reservatórios, maior a dependência das termelétricas — o que torna a produção mais cara e poluente.

Para compensar, a Aneel aplica cobranças extras com base no seguinte sistema:

Verde – geração em boas condições, sem custo adicional;

Amarela – geração em alerta, cobrança de R$ 1,88 a cada 100 kWh (R$ 18,85 por MWh);

Vermelha – patamar 1 – geração em condições desfavoráveis, com acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh (R$ 44,63 por MWh);

Vermelha – patamar 2 – cenário crítico, com R$ 7,87 a mais por 100 kWh (R$ 78,77 por MWh).