O menino Arthur Miguel Ferreira da Silva, de 4 anos, faleceu na terça-feira (22) em decorrência de complicações causadas por um câncer raro e agressivo, o rabdomiossarcoma. Ele estava internado no Hospital Hapvida, em Maceió, onde fazia tratamento para o tumor maligno que atinge os tecidos moles.

Arthur seria beneficiado com cerca de R$ 15 mil arrecadados em uma campanha solidária destinada inicialmente a um motorista por aplicativo que havia forjado o próprio sequestro, ateado fogo no veículo e acabou se ferindo gravemente. Após a Polícia Civil de Alagoas desmentir a falsa história, o organizador da arrecadação solicitou que o valor fosse destinado à família do menino, já que o pai de Arthur, Leandro Saturnino da Rocha Ferreira, também motorista por aplicativo, estava afastado do trabalho para cuidar do filho.

A destinação dos recursos foi autorizada na sexta-feira (18) pelo delegado João Marcello, da Delegacia Antissequestro, que reforçou que o repasse só seria feito caso os doadores não pedissem reembolso.

O falecimento de Arthur foi confirmado por Elvis Silva, administrador da página de motoristas que organizou a campanha. Em uma publicação nas redes sociais, ele lamentou a morte do menino e afirmou que solicitou a transferência do dinheiro para a família. “Infelizmente a notícia não é boa. O menino Arthur morreu, não aguentou as complicações do câncer e veio a óbito. Já pedi autorização para transferir o dinheiro para cobrir custos hospitalares, sepultamento e medicamentos”, declarou Elvis.

Na época da campanha, o delegado João Marcello destacou que a arrecadação foi feita por lideranças sem envolvimento com o golpe e que a destinação do valor está sendo feita com responsabilidade e transparência.