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Motorista que forjou sequestro e incêndio arrecadou R$ 14 mil em doações, diz delegado

O motorista de aplicativo Josivaldo dos Santos, que confessou ter forjado o próprio sequestro e um incêndio no carro com o objetivo de fraudar o seguro, arrecadou cerca de R$ 14 mil em doações após comover a população com a falsa história. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (18) pelo delegado João Marcello, responsável pela investigação.
Segundo a polícia, a maior parte do valor foi reunida por meio de uma mobilização feita por um líder comunitário entre motoristas por aplicativo, que agiu de boa-fé e não tem qualquer envolvimento com o crime. “Entramos em contato com esse líder, que inclusive já conseguiu os extratos bancários mostrando que o valor foi repassado pela família do autor”, afirmou o delegado.
Ainda de acordo com a polícia, a família de Josivaldo também não tinha conhecimento da fraude. O delegado relatou que, ao tomar ciência da situação, o líder dos motoristas questionou se o valor poderia ser redirecionado para ajudar outra campanha solidária, que arrecada fundos para o tratamento de uma criança com câncer, filha de um motorista.
A orientação da polícia, no entanto, foi para que o valor fique retido até a próxima semana, aguardando que eventuais doadores interessados possam solicitar a devolução. “Quem doou foi vítima de estelionato e tem total direito de requerer o valor. Caso não haja procura, o destino do dinheiro poderá ser rediscutido”, esclareceu João Marcello.
Além disso, os doadores que se sentirem lesados podem denunciar o motorista por estelionato. “É um direito garantido. Basta procurar a delegacia e registrar o boletim de ocorrência”, reforçou o delegado.
Confissão e motivação - O caso, que inicialmente causou comoção nas redes sociais, ganhou desdobramentos após a confissão do próprio motorista, feita em depoimento à polícia. Josivaldo admitiu que planejou o crime por conta de dívidas financeiras, com o carro sob ameaça de busca e apreensão e contas pendentes com bancos.
Sobre as queimaduras que sofreu no rosto, braços e pernas, o motorista afirmou que se feriu acidentalmente ao tentar simular o incêndio. “Ele contou que o fogo se voltou contra ele. Criou toda essa história de que criminosos o atacaram, mas desde o início notamos contradições que levantaram suspeitas”, afirmou o delegado.
A investigação está em fase final, e Josivaldo deve ser indiciado por estelionato, além de responder por possíveis implicações relativas à falsa comunicação de crime.
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