A inadimplência no pagamento de aluguéis em Alagoas atingiu o maior índice já registrado desde o início da série histórica, em 2023. De acordo com dados do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, o estado alcançou 6,21% em abril de 2025 — um salto de 1,61 ponto percentual em relação ao mês anterior (4,60%).

O cenário é ainda mais preocupante quando comparado com abril do ano passado, quando o índice estava em 2,47%. O aumento de 3,74 pontos percentuais em um ano coloca Alagoas bem acima da média nacional, que foi de 3,15% no mesmo período.

A região Nordeste, onde o estado está inserido, lidera entre as maiores taxas de inadimplência locatícia do país, com média de 4,55%. Na sequência aparecem as regiões Norte (4,45%), Centro-Oeste (3,12%), Sudeste (2,94%) e Sul (2,50%).

O levantamento também detalha a inadimplência conforme o tipo de imóvel. Na região Nordeste, apartamentos apresentaram queda na taxa, ficando em 2,75% em abril, ainda acima da média nacional (2,08%). Já as casas registraram leve alta, passando de 5,43% para 5,47%, contra uma média nacional de 3,48%.

O maior índice foi verificado nos imóveis comerciais, que chegaram a 7,27% de inadimplência no Nordeste, um aumento em relação aos 6,59% de março. No país, a média ficou em 4,33%.

Em todo o Brasil, os imóveis residenciais com aluguel acima de R$ 13 mil apresentaram a maior taxa de inadimplência: 5,42%. Em contraste, os aluguéis entre R$ 2 mil e R$ 5 mil registraram a menor inadimplência, de 1,80%.

Para imóveis comerciais, a faixa de aluguel até R$ 1.000 teve a inadimplência mais elevada (6,87%), enquanto a menor foi entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (3,70%).

Segundo Manoel Gonçalves, diretor de negócios para imobiliárias da Superlógica, o aumento da inadimplência reflete um cenário econômico instável enfrentado pelas famílias brasileiras.