Diante do crescimento sazonal de síndromes respiratórias, como Influenza e Covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) promoveu nesta quarta-feira (21) uma reunião técnica com representantes do Comitê Estadual Permanente de Emergência em Saúde Pública (CEPESP). O objetivo foi alinhar estratégias e reforçar o fluxo assistencial para atender à crescente demanda nas unidades de saúde.

O encontro, realizado de forma online, abordou os principais desafios enfrentados na rede pública durante os meses mais frios do ano, período em que historicamente aumenta a circulação de vírus respiratórios. Entre os temas discutidos estiveram o avanço dos casos de Influenza e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), a situação das arboviroses no estado e os impactos das fortes chuvas sobre a saúde pública em diversos municípios.

Um dos principais alertas emitidos durante a reunião foi a baixa cobertura vacinal contra a Influenza nos grupos prioritários. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas 29,18% do público-alvo — formado por idosos, gestantes e crianças — foi imunizado até o momento, o que representa 308.086 doses aplicadas de um total estimado de 731.040 pessoas.

Para ampliar a proteção da população, a Sesau estendeu, desde terça-feira (20), a campanha de vacinação contra a gripe para todas as pessoas com mais de seis meses de idade. As vacinas estão disponíveis nas unidades básicas de saúde dos 102 municípios alagoanos.

“Estamos intensificando a organização dos fluxos assistenciais para garantir um atendimento mais eficiente neste período crítico. A vacinação continua sendo nossa principal aliada na prevenção e redução da gravidade das infecções respiratórias”, destacou Ana Paula Freitas, assessora técnica da Sesau.

Entre as medidas previstas no plano estadual estão o reforço da vigilância epidemiológica, monitoramento contínuo de casos graves (SRAG), distribuição de antivirais, capacitação das equipes de saúde e fortalecimento da atuação integrada entre vigilância, atenção primária e especializada. Também foi enfatizada a importância do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) para a resposta rápida a surtos e comunicação de risco.