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Fecharam trecho da BR-101

Comunidade indígena cobra solução para casas de taipa durante protesto em Joaquim Gomes

As chuvas intensas que atingem o estado vêm agravando a situação das moradias precárias

Por Redação 21/05/2025 16h04
Comunidade indígena cobra solução para casas de taipa durante protesto em Joaquim Gomes

Moradores da comunidade indígena Wassu Cocal realizam um protesto na BR-101, em Joaquim Gomes, na manhã desta quarta-feira (22), cobrando ações concretas para substituir as casas de taipa em condições precárias onde vivem. A manifestação interditou os dois sentidos da rodovia federal com galhos e pedaços de madeira. A Polícia Militar está no local negociando a liberação da via.

A principal reivindicação dos manifestantes é a execução de projetos habitacionais prometidos, após visita do Ministério Público Federal (MPF) à região. Durante inspeção realizada anteriormente, o MPF constatou a existência de diversas moradias em estado crítico e vulnerável à chuva, além de escolas ameaçadas por deslizamentos de barreira, que já foram interditadas pela Defesa Civil Municipal.

Leonardo, um dos representantes da manifestação, relatou que a situação piorou com as fortes chuvas que atingem Alagoas desde o último sábado (17). “Visitei ontem casas com crianças dentro, em tempo de morrer, com o risco da casa desabar sobre elas”, afirmou. Segundo ele, desde a inspeção do MPF, apenas a assistência social do município esteve no local, mas não houve avanço visível no projeto de melhorias.

“Parece ser um projeto que não saiu do papel. Estamos aqui cobrando porque somos pessoas vulneráveis, sem condições de buscar sozinhos uma vida melhor”, declarou o manifestante.

Na visita anterior do MPF, foi confirmado pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) um levantamento preliminar de mais de 100 casas de taipa espalhadas pela região. Além disso, duas escolas estão com suas estruturas comprometidas e foram interditadas devido ao risco iminente de desabamento.

Na ocasião, a prefeitura de Joaquim Gomes se comprometeu a consolidar os dados levantados em até 10 dias, para que fossem utilizados na elaboração de projetos de melhorias habitacionais. No entanto, segundo os manifestantes, nenhuma ação prática foi percebida até o momento.

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