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TCU é acionado contra decisão do governo Lula que retirou do ar 16 milhões de documentos públicos

Entre os documentos agora inacessíveis estão termos de convênios, pareceres técnicos, subcontratos, notas fiscais, recibos, croquis e relatórios de prestação de contas

Por Redação com agências 20/05/2025 14h02
TCU é acionado contra decisão do governo Lula que retirou do ar 16 milhões de documentos públicos
Presidente Lula - Foto: Foto: Agência Brasil

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou uma representação questionando a decisão do governo federal de restringir o acesso a mais de 16 milhões de documentos relacionados a convênios, emendas parlamentares e repasses de recursos públicos.

A medida foi tomada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que retirou do ar os arquivos anteriormente disponíveis na plataforma TransfereGov. Os dados envolvem recursos federais que somam mais de R$ 600 bilhões e abrangem registros desde 2007.

A ação foi protocolada nesta segunda-feira (19) pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, que solicitou ao TCU a concessão de uma medida cautelar para reverter o bloqueio de acesso aos documentos.

Na representação, Furtado argumenta que a restrição imposta pelo governo prejudica o controle institucional e social sobre os gastos públicos, além de contrariar os princípios constitucionais da transparência e da moralidade administrativa.

Entre os documentos agora inacessíveis estão termos de convênios, pareceres técnicos, subcontratos, notas fiscais, recibos, croquis e relatórios de prestação de contas — todos considerados fundamentais para o acompanhamento da execução de políticas públicas.

O governo justificou a retirada com base na necessidade de adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), alegando que os anexos continham informações pessoais como CPFs, e-mails e endereços. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que "as informações relevantes das transferências e parcerias continuam disponíveis".

No entanto, a fundamentação usada para respaldar a medida — um parecer elaborado pela Advocacia-Geral da União (AGU) — acabou sendo desautorizada pelo próprio órgão. Em nota oficial, a AGU esclareceu que o parecer “em nada impede que os documentos continuem plenamente acessíveis, auditáveis e publicamente disponíveis”.

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