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Alagoano Rico Melquiades depõe à CPI das Bets e nega envolvimento com plataformas de apostas

O influenciador alagoano Rico Melquiades, de 31 anos, prestou depoimento nesta quarta-feira (14) à CPI das Bets, no Senado Federal, e negou qualquer envolvimento direto com plataformas de apostas online. O campeão do reality A Fazenda 13 afirmou que sua relação com as casas de aposta se restringiu à atuação como influenciador digital contratado para campanhas publicitárias.
“Quero deixar bem claro que a minha relação com plataformas de apostas foi só como influenciador. Fiz campanhas publicitárias contratadas e recebi como qualquer outra publi. Tudo documentado legalmente, dentro do que era permitido na época”, afirmou.
Rico também rebateu insinuações de que seu patrimônio teria origem exclusiva nas parcerias com casas de apostas. Segundo ele, os valores bloqueados pela Justiça vêm de diversas fontes, incluindo o prêmio de R$ 1,5 milhão que recebeu ao vencer o reality show em 2021 e de outras campanhas milionárias realizadas posteriormente.
“Meu dinheiro não vem só de apostas. Fiz muita publicidade depois do programa”, declarou.
Amparado por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Rico teve o direito garantido de ficar em silêncio sobre pontos que possam incriminá-lo, bem como de ser acompanhado por advogados durante todo o depoimento. A defesa havia solicitado habeas corpus alegando que a convocação como testemunha escondia uma condição de investigado, já que ele é alvo de processo em segredo de justiça. A decisão do STF não dispensou sua presença, mas assegurou garantias fundamentais previstas pela Constituição.
Operação Game Over 2 - O nome de Rico Melquiades apareceu nas investigações da Operação Game Over 2, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas para apurar irregularidades em plataformas de jogos de azar. Segundo os investigadores, influenciadores teriam acesso a contas privilegiadas, com resultados manipulados, prática que, se confirmada, caracteriza fraude.
A investigação aponta que alguns influenciadores recebiam acesso a apostas “viciadas em ganhar”, o que tornaria a propaganda enganosa e prejudicial aos usuários comuns. Em junho de 2024, prints de conversas vazadas nas redes sociais levantaram suspeitas sobre esse tipo de prática.
Rico foi alvo de busca e apreensão no início de 2025, tendo bens bloqueados por decisão judicial. Questionado sobre o acordo de colaboração premiada com a Polícia Civil de Alagoas, que teria resultado no pagamento de uma multa milionária, ele optou por não responder.
CPI das Bets - Instaurada em novembro de 2024, a CPI das Bets investiga a atuação de plataformas de apostas online no Brasil, seu impacto no orçamento dos brasileiros e possíveis ligações com organizações criminosas. A comissão também apura a participação de influenciadores digitais na divulgação dos jogos, especialmente quando há indícios de manipulação e fraude.
O depoimento de Rico ocorre um dia após a influenciadora Virginia Fonseca prestar esclarecimentos à comissão. Ela negou a existência de cláusulas contratuais que favorecessem perdas de apostadores — as chamadas “cláusulas da desgraça”.
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