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Enquanto brasileiros pagam mais pela picanha, Rei Saudita lucra com frigoríficos nacionais

Monarca da Arábia Saudita é o maior acionista da Minerva Foods e tem participação relevante na BRF, duas das maiores empresas de carne do Brasil

Por Redação com agências 11/05/2025 08h08
Enquanto brasileiros pagam mais pela picanha, Rei Saudita lucra com frigoríficos nacionais

A valorização da carne bovina no Brasil, especialmente da picanha, tem pesado no bolso dos consumidores, mas se traduz em lucros bilionários para grandes investidores — incluindo a monarquia da Arábia Saudita. O rei Salman bin Abdulaziz Al Saud é hoje um dos principais beneficiários do crescimento das exportações brasileiras de carne, com participações expressivas em dois dos maiores frigoríficos do país: Minerva Foods e BRF.

No primeiro trimestre de 2025, a Minerva Foods registrou faturamento de R$ 11 bilhões. A empresa tem como principal acionista o fundo soberano saudita, vinculado ao rei Salman, que detém 30% das ações. Apesar da significativa participação, a administração da companhia permanece com a família Vilela de Queiroz, fundadora da empresa, que mantém 22% do capital por meio de uma holding familiar.

A presença saudita também se estende à BRF, controladora das marcas Sadia e Perdigão. O fundo soberano possui 27% das ações da companhia, que tem como maior acionista o empresário brasileiro Marcos Molina, fundador da Marfrig. A BRF, sob nova estratégia, passou a ampliar sua atuação no mercado de carne bovina e tem utilizado suas marcas tradicionais também na exportação para o Oriente Médio, incluindo o próprio mercado saudita.

A movimentação revela como investidores estrangeiros têm se beneficiado da alta lucratividade do setor de carnes no Brasil, enquanto consumidores locais enfrentam encarecimento de produtos básicos.

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