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Briga por guarda de criança termina em assassinato brutal a golpes de foice no interior de Alagoas

Vítima era avô materno da criança; tios paternos são suspeitos de envolvimento no crime

Por Redação 08/05/2025 13h01
Briga por guarda de criança termina em assassinato brutal a golpes de foice no interior de Alagoas

Uma disputa pela guarda de uma criança de cinco anos terminou em tragédia na última terça-feira (6), no município de Campo Alegre, no Agreste de Alagoas. A briga entre duas famílias culminou no assassinato brutal de Sebastião Fabiano da Silva, de 59 anos, morto com mais de 15 golpes de foice em via pública. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima, que estava em uma bicicleta, é perseguida por um dos suspeitos, armado com a foice. O vídeo foi fundamental para a identificação dos envolvidos.

Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam o envolvimento de três pessoas no crime. Dois deles já estão sob custódia: um adolescente apreendido pouco após o homicídio e um adulto preso em flagrante. Ambos são tios paternos da criança. O terceiro suspeito é o pai dos dois — avô paterno da criança — que se apresentou à polícia, mas não ficou preso, pois o prazo para flagrante já havia expirado. Ele é apontado como possível incentivador do crime.

De acordo com o delegado Flávio Dutra, responsável pela investigação, a vítima era avô materno da criança e estaria em conflito com a família paterna da menina após a separação dos pais.

"Segundo a versão dos familiares do lado paterno, o avô materno usava a criança para fazer chantagens emocionais e ameaças, o que teria gerado grande tensão. Já os familiares do lado materno negam essas acusações e dizem que as ameaças partiam da família do pai, que queria afastar a menina da mãe", afirmou o delegado.

Ainda conforme Dutra, a disputa pela guarda da criança e o histórico de ameaças teriam levado ao crime. "É lamentável que uma criança esteja no centro de uma tragédia como essa, sendo usada como instrumento de vingança ou disputa familiar", acrescentou.

As diligências continuam e novas provas devem ser colhidas para concluir o inquérito. A Polícia Civil busca esclarecer todos os detalhes do crime e apurar a real participação de cada envolvido, inclusive do avô paterno, suspeito de ter incitado os filhos ao ataque.

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