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Entenda o esquema

Vereador Siderlane Mendonça foi afastado por suspeita de rachadinha e desvio de R$ 245 mil

Grupo criminoso liderado pelo parlamentar é investigado por corrupção, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais; operação cumpriu mandados em Maceió e Rio Largo

Por Redação 25/04/2025 14h02
Vereador Siderlane Mendonça foi afastado por suspeita de rachadinha e desvio de R$ 245 mil

O vereador de Maceió Siderlane Mendonça (PL) foi afastado do cargo nesta sexta-feira (25) durante o cumprimento da Operação Falácia, deflagrada pela Polícia Federal. O parlamentar é apontado como líder de um grupo criminoso suspeito de crimes eleitorais, corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos.

De acordo com as investigações, servidores e assessores nomeados por Siderlane na Câmara Municipal repassavam parte dos salários como supostas doações de pessoas físicas para a campanha eleitoral do vereador nas eleições de 2020. O esquema, que caracterizaria a prática conhecida como “rachadinha”, teria movimentado cerca de R$ 245 mil.

Segundo a PF, esses repasses eram feitos por transferências bancárias ou pelo pagamento de despesas pessoais do parlamentar, com a intenção de mascarar os desvios e inflar as receitas de campanha. Embora não esteja tipificada diretamente no Código Penal, a rachadinha pode configurar crimes como peculato, concussão, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Durante a operação, foram apreendidos no gabinete do vereador documentos, agendas, anotações, celulares, dinheiro em espécie e um veículo. As provas colhidas serão analisadas para aprofundar a apuração do caso.

A Operação Falácia também cumpre 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Rio Largo, além de outras 17 medidas cautelares contra os investigados.

Siderlane Mendonça tem 46 anos e está em seu terceiro mandato consecutivo como vereador de Maceió. Ele foi eleito em 2020 com 7.377 votos pelo Partido Liberal (PL).

Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar alegou desconhecer os motivos da operação e afirmou estar sendo vítima de perseguição política. “Fui surpreendido pela polícia agora pela manhã aqui num hotel em Brasília. É verdade, aproveitaram que eu viajei a trabalho e mandaram a polícia me fazer uma citação judicial. Recebi a citação e já encaminhei ao meu advogado. Os fatos serão apurados porque até então eu nem sei do que se trata, e em breve serão esclarecidos”, declarou. A Polícia Federal segue investigando o caso, e novas diligências não estão descartadas.

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