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“Eu temo pela minha vida”: mulher desabafa após soltura de ex acusado de incendiar apartamento na Ponta Verde

Por Redação 23/04/2025 17h05
“Eu temo pela minha vida”: mulher desabafa após soltura de ex acusado de incendiar apartamento na Ponta Verde

A empresária Mariana Maia, vítima de um incêndio criminoso supostamente provocado pelo ex-companheiro, usou as redes sociais para expressar sua indignação e medo após saber que o acusado, o empresário Marcello Gusmão de Aguiar Vitório, foi colocado em liberdade nesta terça-feira (22). O caso ocorreu no bairro da Ponta Verde, em Maceió, e o suspeito passou dois meses preso.

Em um desabafo comovente, Mariana relembrou a noite do crime, classificando o episódio como uma tentativa de homicídio. “Marcelo ateou fogo na minha casa. Destruiu tudo: meus pertences, os dos meus filhos, da minha mãe, do meu irmão. Tentou contra a vida do meu irmão e do meu primo. Prejudicou também outros moradores do prédio”, relatou.

A mulher, visivelmente abalada, questionou a decisão da Justiça alagoana. “Estou em pânico. Não entendo como ele foi solto. Eu temo pela minha vida, pela dos meus filhos e da minha família. Marcelo já mostrou que é capaz de tudo”, declarou.

Mariana também criticou a ausência de medidas de proteção eficazes. Segundo ela, o ex-companheiro está livre sem tornozeleira eletrônica e com autorização para deixar o estado por até sete dias sem notificação. “É como se eu estivesse presa, enquanto ele está solto. Não me sinto segura. Medidas protetivas não o impediram no passado. Por que impediriam agora?”, questionou.

O desabafo se encerra com um apelo direto às autoridades. “Eu não quero virar estatística. Tenho uma filha de seis anos que precisa de mim. Por favor, Ministério Público, Justiça de Alagoas, me ajudem. Estou com muito medo.”

Posicionamento do Ministério Público

Em vídeo enviado à imprensa nesta quarta-feira (23), a promotora de Justiça Ariadne Dantas, que coordena o Núcleo de Defesa da Mulher do MP de Alagoas, explicou que a soltura ocorreu devido a uma falha técnica na tramitação do processo entre o Juizado de Violência Doméstica e a Vara do Tribunal do Júri. “Discordamos dos fundamentos da decisão judicial e já estamos adotando as medidas legais cabíveis para que o caso seja reavaliado”, afirmou a promotora.

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