O funeral do Papa Francisco está previsto para acontecer no próximo sábado (26), em Roma, com a presença de cerca de 200 chefes de Estado e de governo. A data ainda será confirmada oficialmente pelos cardeais, que iniciam nesta terça-feira (22) os ritos de despedida e o processo do conclave.

Entre os líderes que já confirmaram presença estão o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o presidente argentino Javier Milei, o presidente francês Emmanuel Macron, além do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro português Luís Montenegro e o premiê britânico Keir Starmer.

A capital italiana vive um esquema de segurança inédito: são esperados até 1,5 milhão de fiéis nos próximos dias, e pelo menos 300 mil pessoas devem comparecer à Praça São Pedro apenas para a missa de funeral. O corpo de Francisco, que está sendo velado de forma reservada na capela da Casa Santa Marta, será transferido para a Basílica de São Pedro na quarta-feira (23).

A cidade de Roma amanheceu com áreas restritas ao redor do Vaticano, controle de acesso reforçado e monitoramento intensivo das imediações. Mesmo antes do falecimento do pontífice, o fluxo de fiéis já era intenso devido às celebrações do Jubileu da Igreja — evento que ocorre a cada 25 anos. Desde cedo, peregrinos se dirigem à Porta Santa da Basílica para prestar homenagens.

O governo italiano nomeou Fábio Ciciliano, dirigente da Proteção Civil, como comissário extraordinário para coordenar o evento. Estações de trem e aeroportos também operam com protocolos especiais de segurança.

O Papa Francisco morreu aos 88 anos na manhã de segunda-feira (21), após sofrer um AVC e uma parada cardiorrespiratória irreversível. O boletim médico, assinado pelo médico do Vaticano Andrea Arcangeli, informou que o pontífice entrou em coma e faleceu às 7h35 no horário local (2h35 de Brasília).

Francisco enfrentava uma série de problemas de saúde, incluindo pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. Ele havia sido internado pela quarta vez desde sua eleição em 2013, no último dia 14 de fevereiro, naquela que foi sua hospitalização mais longa.