Quatro dias após a manifestação de 45 mil pessoas na Avenida Paulista, a oposição alcançou o número necessário de 257 assinaturas para o pedido de urgência do Projeto de Lei da Anistia, que visa perdoar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Com o marco atingido, o presidente da Câmara, Arthur Lira, será pressionado a colocar o requerimento em votação, conforme acordo com o líder do Republicanos, Hugo Motta.

O requerimento, articulado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), recebeu apoios inclusive de parlamentares da base do governo, como União Brasil, MDB, PSD e PP. O deputado Paulo Azi (União-BA) foi o responsável por completar as assinaturas necessárias.

Nos bastidores, Jair Bolsonaro tem atuado pessoalmente para ampliar o apoio dentro do Centrão. Em conversa com Motta, Bolsonaro expressou frustração com a adesão parcial do Republicanos e citou a ausência de nomes como Celso Russomanno (SP) entre os signatários. O ex-presidente também busca convencer partidos como PP, PSD e União Brasil, cujos percentuais de adesão ficaram abaixo do esperado.

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, tem sido cobrado a aumentar os apoios, embora internamente haja dúvidas sobre o momento político ideal para avançar com a pauta.

A lista com os 257 parlamentares foi divulgada, revelando uma ampla frente de apoio ao PL, composta por nomes influentes do Congresso ligados à direita e ao centro.

Os deputados federais alagoanos a favor da PL são: Delegado Fábio Costa e Alfredo Gaspar. Já os que não votaram foram: Arthur Lira, Luciano Amaral, Maxr Beltrão, Isnaldo Bulhões, Paulão, Daniel Barbosa e Rafael Brito.