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Jeannyne Beltrão questiona causas da crise na regulação de leitos do SUS em Maceió

A crítica situação da regulação de leitos para pacientes do SUS em Maceió foi o principal tema debatido na sessão desta quinta-feira (10) da Câmara Municipal. O plenário se debruçou sobre os graves problemas enfrentados por quem depende das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), onde pacientes chegam a aguardar mais de um mês por transferência para hospitais, devido à escassez de vagas.
Na UPA da Santa Lúcia, por exemplo, idosos e crianças permanecem internados sem qualquer previsão de encaminhamento. Os casos mais críticos envolvem pacientes das áreas de ortopedia e oncologia — justamente as especialidades com maior carência de leitos em todo o estado.
Durante o debate, a vereadora Jeannyne Beltrão levantou questionamentos importantes sobre as possíveis causas da atual crise na saúde pública alagoana. Segundo ela, além da falta de vagas, há outros fatores que comprometem o fluxo de atendimento. “É preciso entender se o problema está na ausência de equipamentos, na escassez de profissionais ou na falta de insumos. Tudo isso pode estar travando o sistema e mantendo as pessoas nas UPAs por tempo excessivo”, apontou a parlamentar.
O presidente da Câmara criticou a desarticulação entre Estado e Município na condução das regulações, o que, segundo ele, agrava ainda mais a situação dos pacientes. “Temos dois sistemas paralelos, quando deveríamos ter um só, funcionando em favor da vida. Hoje, cerca de 70% dos leitos nas UPAs são ocupados por pacientes que já deveriam estar internados em hospitais. Só mudaram de corredor — antes era o HGE, agora são as UPAs — mas continuam sem tratamento adequado”, denunciou.
O vereador Leonardo Dias também se manifestou, relatando o grande número de pedidos de ajuda recebidos diariamente por parte de familiares de pacientes. Para ele, depender da atuação individual de vereadores para garantir regulações não é a solução ideal. “Precisamos de um sistema eficiente, não de ações pontuais. As pessoas estão morrendo enquanto esperam”, lamentou.
Já a vereadora Fátima Santiago defendeu investimentos mais robustos na atenção básica como forma de aliviar a demanda por serviços de alta complexidade. “Expandir a atenção básica é fundamental, mas o problema já existe. Precisamos de união entre os gestores estaduais e municipais para tratar a saúde com a seriedade que ela exige”, declarou.
A sessão reforçou o apelo da Câmara para que Executivo Estadual e Municipal atuem de forma conjunta e imediata na reestruturação do sistema de regulação, com foco na dignidade e na vida dos cidadãos alagoanos.
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