A Polícia Penal de Alagoas deflagrou, no estado, a Operação Mute, uma ação coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O objetivo da operação é combater a atuação das organizações criminosas e enfrentar as comunicações proibidas dentro das unidades prisionais, por meio de revistas estratégicas, ações de inteligência e intervenções coordenadas.

A Operação Mute está sendo realizada em três unidades prisionais em Alagoas, mobilizando cerca de 40 policiais penais. Até o momento, as equipes já realizaram operações na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira e na Penitenciária de Segurança Máxima (PSM2), ambas localizadas em Maceió.

Carlos Voss, secretário Executivo de Gestão Penitenciária da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), destacou a importância da operação para o combate ao crime no sistema prisional. "A Operação Mute está em sua sétima fase e envolve policiais penais federais e estaduais de todo o país. Esta é uma das maiores operações de combate ao crime dentro das unidades prisionais, com o objetivo de retirar qualquer meio de comunicação dos reeducandos com o mundo exterior, além de combater ilícitos como drogas e armas dentro do sistema prisional", afirmou Voss.

Entre as metas da operação estão a apreensão de celulares e outros dispositivos eletrônicos, que são utilizados para a coordenação de crimes, troca de informações e disseminação de ordens de facções criminosas. A ação visa reduzir delitos como tráfico de drogas, roubos, homicídios e extorsões, frequentemente comandados de dentro dos presídios.

A operação também tem o objetivo de fortalecer a segurança pública, por meio da apreensão de armas, drogas e outros materiais ilícitos, além dos celulares. Esse trabalho contribui para aumentar a segurança dentro das unidades prisionais e minimizar o risco de rebeliões e motins, garantindo a ordem e a disciplina no sistema prisional.