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Aranhas-marrons tem relação com alterações no clima, diz especialista após Sesau informar mortes suspeitas em Maceió

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Alagoas divulgou que registrou duas mortes suspeitas por picada de aranha-marrom em Maceió. A aranha, cuja presença não é comum no estado, teria levado ao menos cinco pessoas a hospitalizações, e dois desses casos evoluíram para óbito.
De acordo com a especialista em manejo de animais silvestres Maynara Rocha, a aparição da espécie está relacionada às mudanças climáticas em Alagoas, fenômeno também responsável pelo aumento do número de escorpiões na região. "As aranhas-marrons, típicas do Sul e Sudeste do Brasil, estão se expandindo para outras áreas, como o Nordeste, devido às alterações no clima e no ambiente. Elas preferem locais escuros, secos e pouco movimentados, como entulhos, pilhas de madeira e até roupas guardadas por muito tempo", explicou Maynara.
Apesar de não serem agressivas, as aranhas-marrons picam quando se sentem ameaçadas. O veneno dessa espécie pode causar danos graves à saúde. A picada pode provocar o loxoscelismo, uma reação tóxica com efeitos que variam de leves a graves. No efeito cutâneo, que é o mais comum, após 24 horas, a área ao redor da picada pode ficar arroxeada, formando uma necrose que pode se agravar com o tempo. Em casos mais raros e graves, o veneno pode afetar órgãos vitais, provocando febre, mal-estar, vômitos, anemia e até insuficiência renal, especialmente em crianças e idosos.
"Em caso de picada, é fundamental não apertar, cortar ou tentar sugar o local da lesão, nem usar pomadas ou remédios caseiros. O recomendado é lavar a área com água e sabão e procurar atendimento médico imediatamente. Se possível, leve a aranha morta para identificação. O tratamento pode envolver o uso de soro antiaracnídico e cuidados para evitar infecções", alertou a especialista.
Nessa segunda-feira (03), a Sesau emitiu um alerta após o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) notificar cinco casos de suspeita de picada de aranha-marrom entre agosto de 2024 e janeiro de 2025. Desses, dois resultaram em óbitos na capital alagoana.
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