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Clima seco em Alagoas aumenta número de queimadas e reforça necessidade de cuidado no uso do fogo

Em 2024, foram registrados 1.819 focos de incêndio em Alagoas, de acordo com o Inpe

Por Redação 03/01/2025 15h03
Clima seco em Alagoas aumenta número de queimadas e reforça necessidade de cuidado no uso do fogo

O clima seco e a baixa umidade do ar em Alagoas têm intensificado as queimadas em áreas de vegetação, preocupando as autoridades ambientais. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) alerta sobre os riscos do uso inadequado do fogo, que pode provocar incêndios descontrolados e danos ambientais graves. O órgão destaca a importância de seguir as normas e buscar autorização para o uso controlado de fogo em práticas agrícolas, especialmente em áreas de preservação.

A legislação federal, com o Decreto nº 12.189/2024, impõe pesadas multas para quem usar fogo de forma irregular. Para queimadas em áreas de vegetação nativa, a multa pode chegar a R$ 10 mil por hectare, enquanto em florestas cultivadas o valor é de R$ 5 mil por hectare. Proprietários rurais que não adotarem medidas preventivas também podem ser multados em até R$ 10 milhões.

Alex Nazário, gerente do IMA, reforça que o uso não autorizado de fogo é proibido e pode causar incêndios que afetam propriedades vizinhas e áreas nativas. "A prática é séria e pode trazer consequências irreversíveis", alertou.

No estado, o uso do fogo é regulamentado pela Instrução Normativa IMA/AL Nº 02/2017. Para realizar queimadas controladas, os proprietários rurais devem solicitar autorização ao IMA com 30 dias de antecedência, apresentando documentos como cronograma e mapa da área. O IMA pode suspender a queima caso haja risco para a saúde pública ou o meio ambiente.

Isabel Nepomuceno, consultora do IMA, destaca a necessidade de conscientização. "O uso controlado do fogo deve ser seguro e regulamentado, para evitar danos à biodiversidade e à saúde pública."

Em 2024, foram registrados 1.819 focos de incêndio em Alagoas, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os satélites monitoram esses focos, que são analisados pelo IMA por meio de geoprocessamento. A partir desses dados, o instituto gera relatórios detalhados sobre os incêndios, disponibilizados no seu site para consulta pública.

O IMA também acompanha os focos de incêndio em áreas de preservação e propriedades cadastradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), ajudando na fiscalização e prevenção de queimadas.

Os relatórios com informações sobre queimadas estão disponíveis no site do IMA, onde é possível acompanhar a quantidade de focos monitorados, as áreas afetadas e a situação nos municípios alagoanos.

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