O juiz plantonista Orlando Eliazaro Feitosa, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou o pedido de prisão preventiva de quatro criminosos identificados pela Polícia Civil como responsáveis pelo ataque contra o ex-secretário de Turismo da Argentina, Gaston Fernando Burlon, e sua filha. Burlon permanece em estado gravíssimo após ser baleado na cabeça e no tórax durante o atentado ocorrido no último fim de semana.

A decisão de Feitosa foi baseada no entendimento de que as prisões não eram "urgentes" e poderiam ser avaliadas em um momento posterior. A negativa aconteceu durante o plantão judiciário, que é destinado a atender ocorrências emergenciais nos finais de semana.

Ataque no Morro dos Prazeres - O ataque aconteceu quando Gaston Burlon, acompanhado de sua esposa e filha, seguia de carro em direção ao Cristo Redentor. Um erro no GPS os levou ao Morro dos Prazeres, uma comunidade dominada pelo tráfico de drogas, onde foram abordados por criminosos do Comando Vermelho, que dispararam contra o veículo.

Criminosos identificados - A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) identificou quatro dos envolvidos no crime: Cláudio Augusto dos Santos, Tiago de Oliveira, Raphael Corrêa Pontes e Sandro da Silva Vicente, sendo este último apontado como o autor dos disparos. Um quinto criminoso ainda não foi identificado.

Repercussão da decisão - O pedido de prisão foi feito devido à gravidade do ataque e à repercussão do caso. Contudo, o juiz Orlando Feitosa considerou a solicitação como não urgente, adiando a análise para a segunda-feira (16). A decisão gerou indignação, já que a divulgação dos nomes dos suspeitos pode facilitar a fuga dos criminosos, complicando suas capturas.