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Janja sonda Felipe Neto para comunicação digital e cria clima tenso no Planalto
Internação de Lula expõe tensões no Planalto sobre a comunicação do governo
A recente internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trouxe à tona divergências internas no Palácio do Planalto sobre a estratégia de comunicação do governo. O episódio acentuou as tensões entre o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, e a primeira-dama, Janja da Silva.
De acordo com fontes próximas ao governo, Janja, que defende uma postura mais assertiva e combativa na comunicação, teria sondado o influenciador digital Felipe Neto para integrar a estratégia de comunicação oficial. Conhecido por seu posicionamento progressista e grande presença nas redes sociais, Felipe Neto é visto como um nome capaz de fortalecer a presença digital do governo e enfrentar as críticas da oposição.
Por outro lado, o ministro Paulo Pimenta tem sido alvo de crescentes críticas devido à percepção de ineficácia na condução da comunicação governamental. Sua posição foi ainda mais enfraquecida após a repercussão negativa do episódio envolvendo uma licitação polêmica, amplamente divulgada pela imprensa. Embora não tenha sido comprovada qualquer irregularidade, o episódio aumentou a influência de Janja no comando da comunicação.
Apoios e resistências no Palácio do Planalto - Dentro do Planalto, as opiniões sobre a condução da comunicação estão divididas. O secretário de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual, Ricardo Stuckert, aliado de Janja, defende uma maior interação do presidente com a imprensa, incluindo veículos que não são tão alinhados ao governo. No entanto, Janja se opõe à ideia, temendo que uma exposição excessiva do presidente possa ser prejudicial.
A proposta de Janja para a comunicação governamental é mais agressiva, inspirada na postura combativa da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. A estratégia visa não apenas rebater críticas, mas também atacar opositores, especialmente aqueles da "extrema direita", nas redes sociais.
Impedimentos legais e brechas possíveis - Apesar de seu envolvimento direto nas discussões, Janja não pode ocupar oficialmente um cargo na Secom devido à proibição de nepotismo estabelecida pela Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, há especulações sobre possíveis brechas legais, com precedentes na própria Corte que poderiam permitir uma maior participação da primeira-dama nas estratégias de comunicação do governo.
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