A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, recentemente desengavetou uma ação que pode abalar o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) e comprometer a candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo. A ação, que estava há vinte dias sob análise, foi movida por Aldineia Fidelix, viúva do ex-presidente do partido, Levy Fidelix, falecido em 2021. Ela acusa o atual presidente, Leonardo Avalanche, de descumprir um acordo interno firmado em fevereiro de 2023.

O processo, assinado por três ex-ministros do TSE, tem potencial para reverter decisões importantes dentro do PRTB, incluindo a validação da candidatura de Marçal. Aldineia alega que Avalanche ignorou o compromisso de distribuir cargos e direitos dentro do partido, o que teria o objetivo de resolver conflitos internos.

Se o TSE der ganho de causa a Aldineia, a comissão provisória que validou a candidatura de Marçal pode ser anulada. Aldineia afirma que deveria estar no controle do diretório do partido em São Paulo, tornando ilegítimas as ações de Avalanche, que teria agido contra o Estatuto partidário.

Além disso, a candidatura de Marçal já enfrenta outras dificuldades, com questionamentos do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e do Ministério Público Eleitoral, que o acusam de abuso de poder econômico e falhas no prazo de filiação exigido pelo partido. Se a ação movida por Aldineia for bem-sucedida, o partido poderá ser forçado a escolher um novo candidato para as eleições municipais de 2024.

Enquanto isso, o TSE aguarda um parecer do Ministério Público Eleitoral e a manifestação de Avalanche nos próximos dias. O desfecho do caso promete não apenas impactar a liderança do PRTB, mas também determinar o futuro da candidatura de Marçal.