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Dino retira indicação de lavajatista para direção da Polícia Rodoviária Federal

Edmar Moreira Camata, anunciado por Flávio Dino como diretor-geral da corporação, já compartilhou publicações contra Lula

Por Redação com site* 21/12/2022 17h05 - Atualizado em 21/12/2022 17h05
Dino retira indicação de lavajatista para direção da Polícia Rodoviária Federal

futuro ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) voltou atrás em seu anúncio dessa terça-feira (20/12) e, em menos de 24 horas, retirou a indicação de Edmar Moreira Camata para a diretoria-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Para o cargo, Dino indicou Antônio Fernando Oliveira, policial rodoviário federal desde 1994 e que foi superintendente da corporação no Maranhão.

O nome de Camata desagradou a gestão petista, que conhecia o policial por ser um apoiador da operação Lava Jato. A força-tarefa, encabeçada pelo então juiz Sergio Moro, investigou e condenou o futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Nós tivemos uma polêmica nas últimas horas e o entendimento meu e da minha equipe foi que seria o mais adequado proceder essa substituição”, justificou Dino. “Preciso de uma equipe que, além de unida, tenha todas as condições de levar o seu trabalho adiante. Qualquer que seja o dirigente que esteja cercado de polêmicas, é muito difícil que, em uma área sensível, o dirigente consiga se dedicar com a largueza e a profundidade necessária. Esta foi a razão da substituição”.

O futuro ministro ressaltou que sabia que Camata tem perfil lavajatista, mas que não considerou tal critério na escolha para a PRF. “Não se trata de um julgamento pretérito, mas à existência de condições políticas para liderar a equipe. Em face da polêmica, não reuniria condições para liderar a equipe”, ressaltou.

Dino ainda garantiu ainda que o recuo no nome de Camata não se deve a uma interferência de Lula e assumiu toda a responsabilidade em fazer a substituição.

Posição política de Camata


Em uma publicação em suas redes sociais, em 2018, Camata escreveu: “Ver Lula como inocente significa acreditar que há uma trama extremamente complexa e articulada que condenou 220 empresários, servidores e políticos em várias instâncias. Tudo a troco de condenar Lula”.

Camata, que também já havia compartilhado fotos ao lado de Deltan Dallagnol (Podemos-PR) nas redes, concorreu a deputado naquele ano pelo PSB, usando a Lava Jato como bandeira. “Até agora, já foram condenadas 188 pessoas na Operação Lava-Jato. Se as penas fossem somadas dariam 1861 anos e 20 dias. Não podemos deixar a maior operação anticorrupção do país parar, você concorda?”, dizia seu cartaz.

O delegado ingressou na PRF em 2006, é mestre em Políticas Anticorrupção pela Universidade de Salamanca, e tem especializações em Gestão Integrada em Segurança Pública e Ministério Público e Defesa da Ordem Jurídica, além de MBA em Gestão Pública. Atualmente é Secretário de Estado de Controle e Transparência no Governo do Espírito Santo.

*METRÓPOLE
 

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