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Entenda a rara doença neurológica que cancelou turnê de Celine Dion
A síndrome de Pessoa Rígida atinge uma em um milhão de pessoas, não tem cura, e causa rigidez nos músculos do tronco e abdômen

A cantora Celine Dion anunciou, nesta quinta (8/12), por meio de suas redes sociais, o cancelamento de sua turnê europeia por conta de uma doença neurológica rara. A artista foi diagnosticada recentemente com a síndrome da Pessoa Rígida (Stiff-Person, em inglês).
A condição causa rigidez nos músculos do corpo e espasmos sobrepostos intermitentes que podem levar à fratura óssea. Em alguns casos, podem ocorrer perda da voz e espasmos no pescoço, com uma sensação leve de falta de ar.
“A condição afeta um indivíduo a cada 1 milhão de pessoas, e duas vezes mais mulheres do que homens. A evolução da doença é progressiva”, diz o neurologista Wladimir Bocca Vieira de Rezende Pinto, em artigo publicado no site da Associação de Paraperesia Espática Hereditária e Correlata do Brasil (ASPEC).
Apesar de não ter cura, a síndrome autoimune de Pessoa Rígida pode ser tratada para controlar os sintomas e melhorar a mobilidade. Os procedimentos dependem dos sintomas e da gravidade de cada indivíduo, e vão desde de medicamentos que desaceleram o sistema nervoso a imunoterapias.
A maioria dos indivíduos com síndrome da Pessoa Rígida possui anticorpos que atacam uma enzima denominada descarboxilase do ácido glutâmico. A substância está envolvida na produção de um neurotransmissor que ajuda a prevenir a super estimulação dos músculos pelos nervos — quando esse controle não acontece, os músculos ficam tensos e rígidos.
Celine afirma que dói não ser capaz de ir aos palcos em fevereiro. “Tenho lidado com problemas com a minha saúde há muito tempo, e tem sido muito difícil para mim enfrentar estes desafios”, lamenta, em vídeo que anuncia o adiamento de parte de shows para 2024.
Ela já havia cancelado shows em Las Vegas, no ano passado, devido aos espasmos severos. Na época, ela não revelou o diagnóstico.
Em casos de espasmos é importante não postergar a ida ao médico. A síndrome é de difícil diagnóstico pois, além de rara, exige diferentes exames para identificá-la. Eles incluem eletromiografia e exames de sangue para detectar anticorpos que estão presentes nos pacientes com a síndrome.
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