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“Cogumelos mágicos” podem ajudar o tratamento da depressão, diz estudo
Cerca de 200 voluntários participaram do estudo britânico com uma versão sintética da psilocibina, composto presente nos cogumelos mágicos
Um versão sintética de psilocibina, um composto presente em “cogumelos mágicos”, pode ser a esperança para o alívio de sintomas de depressão em pacientes com resistência a outros tratamentos, segundo uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (3/11), no New England Journal of Medicine.
O estudo duplo-cego de fase 2 foi realizado por pesquisadores do King’s College London e da Universidade de Oxford, ambas na Inglaterra, com financiamento da empresa de saúde mental COMPASS Pathfinder.
A pesquisa contou com 233 voluntários com depressão resistente aos tratamentos convencionais, ou seja, que não tiveram resultado com ao menos dois antidepressivos. Foram incluídos apenas pacientes que não eram considerados em risco clinicamente significativo de suicídio.
Eles foram divididos em três grupos: 79 voluntários receberam dose única de uma formulação sintética de psilocibina de 25 mg; 75 foram medicados com uma dose de 10 mg do composto; e os 79 restantes receberam uma dose de controle de 1 mg. Além disso, todos receberam apoio psicológico durante o estudo.
A sessão de administração da dose de psilocibina foi feita em uma sala calmante. Os participantes ouviram uma seleção de músicas e usaram uma máscara nos olhos para ajudar a direcionar a atenção. Eles tiveram uma experiência psicodélica com duração de quatro a seis horas e, só depois de os efeitos da droga se dissiparem completamente, foram liberados para retornar para casa.
Três semanas após o tratamento, os pacientes que receberam a dose mais alta de psilocibina apresentaram níveis mais baixos de sintomas depressivos em comparação com as pessoas tratadas com doses mais baixas.
Aproximadamente três em cada dez pacientes desse grupo (29%) conseguiram alcançar a remissão dos sintomas nas Escalas de Avaliação de Depressão de Montgomery & Asberg (MADRS), de acordo com o estudo. Ao menos 179 dos 233 participantes (77%) relataram sofrer eventos adversos, que incluíam dor de cabeça, náusea e tontura.
Embora os pesquisadores tenham incluído apenas pacientes considerados fora de risco significativo de suicídio, todos os grupos que receberam doses de psilocibina tiveram participantes que experimentaram ideação ou comportamento suicida ou autolesão. Entre os que receberam a dose maior, três pessoas, das 79 participantes, apresentaram o problema.
Na próxima fase do ensaio clínico, os pesquisadores querem testar a segurança e eficácia do composto em um grupo maior. A expectativa é que os estudos sejam concluídos dentro de três anos.
*METRÓPOLE
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