Como se não bastasse terem sido obrigados a fechar as portas por conta do afundamento do solo causado pela mineração da Braskem, os proprietários da Padaria Belo Horizonte, no bairro do Pinheiro, são obrigados agora a conviver com invasão e roubo do que sobrou dentro do prédio onde a padaria funcionou por longas quatro décadas. A denúncia foi feita pelo Jornal Tribuna Independente. A invasão aconteceu no último domingo, 27, como revelou o empresário Dirceu Albuquerque.

Ainda na esteira da tragédia causada pela Braskem, a também antiga e tradicional Papelaria Paquê, no Pinheiro, anunciou, na semana passada, que é mais uma a fechar as portas no bairro. Depois do caos estabelecido na localidade, a papelaria, com 26 anos de Pinheiro, viu o faturamento praticamente ir a zero.
Além do Pinheiro, os bairros do Mutange, Bebedouro e Bom Parto, e muitos outros da chamada área de risco da tragédia, praticamente sumiram do mapa urbano de Maceió, e o que resta por lá guarda aspecto de cenário de uma guerra.

“A padaria está fechada, mas os meus equipamentos ainda estão lá dentro, porque não houve negociação ainda com a Braskem e em função disso eu vou, diariamente, na padaria. Na semana passada eu estive lá e vi que tinham arrombado a parte de cima, mas não tinham subtraído quase nada. E fui surpreendido às 5h da manhã no domingo quando um colega me ligou dizendo que um meliante tinha invadido lá a padaria por cima do telhado da casa vizinha que está desocupada. Eu corri para lá pedi reforço a um pessoal da Braskem, a polícia chegou, nós invadimos e conseguimos prender um. Mas esse um era menor de idade. Ao todo eram quatro que estavam lá dentro”, disse Buarque ao jornal Tribuna Independente.

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