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Novo vírus que circula pelo WhatsApp Web ameaça usuários e mira contas bancárias de brasileiros

Malware batizado de "Sorvepotel" rouba senhas, assume controle do computador e se espalha automaticamente para contatos e grupos

Por Redação 09/10/2025 10h10
Novo vírus que circula pelo WhatsApp Web ameaça usuários e mira contas bancárias de brasileiros

Um novo vírus batizado de Sorvepotel está preocupando especialistas em cibersegurança ao atingir usuários do WhatsApp Web, especialmente no Brasil. Identificado pela empresa de segurança digital Trend Micro, o malware é capaz de assumir o controle do computador da vítima, roubar credenciais bancárias e se replicar automaticamente para os contatos e grupos do aplicativo, ampliando seu alcance.

A principal forma de infecção ocorre por meio de mensagens falsas, enviadas via WhatsApp Web, contendo supostos comprovantes de pagamento ou orçamentos em arquivos ZIP. Ao descompactar e abrir o conteúdo no computador, o usuário instala inadvertidamente o vírus, que se mantém ativo e se comunica com os cibercriminosos para receber comandos remotamente.

Brasil é principal alvo


Segundo a Trend Micro, o Brasil concentra a maior parte das infecções detectadas até o momento: 457 das 477 vítimas estão no país. Apesar disso, os pesquisadores afirmam que ainda não houve relatos significativos de bloqueios de arquivos ou sequestro de dados, indicando que o foco do Sorvepotel, neste estágio, é se espalhar para novos dispositivos.

O nome do malware tem origem curiosa: os servidores usados pelos criminosos para enviar comandos estavam hospedados em domínios que remetem à expressão “sorvete no pote”, o que inspirou o apelido entre os especialistas.

Como o ataque funciona


O Sorvepotel age de forma sofisticada e discreta. Após ser instalado, ele:

Exibe versões adulteradas de sites bancários ou de corretoras de criptomoedas, com o objetivo de capturar senhas digitadas pelas vítimas;

Assume o controle do WhatsApp Web, utilizando a conta infectada para disparar o mesmo arquivo malicioso para todos os contatos e grupos;

Instala um programa que é executado toda vez que o computador é ligado, garantindo que o vírus continue ativo.

Além do WhatsApp Web, o vírus também utiliza e-mails como vetor secundário para se espalhar, reforçando o alerta para usuários corporativos e domésticos.

Para se proteger do vírus Sorvepotel, os especialistas recomendam que os usuários desativem o download automático de arquivos no WhatsApp Web e evitem abrir arquivos ZIP, mesmo quando enviados por contatos conhecidos. É fundamental confirmar com o remetente, por outros meios como ligação ou mensagem pessoal, se o envio do arquivo foi intencional. No ambiente corporativo, orienta-se que empresas restrinjam o download de arquivos em dispositivos de trabalho, invistam em treinamentos de conscientização sobre segurança digital e incentivem o uso responsável das plataformas de mensagens.

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