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Universidades Federais mantêm greve após fim das negociações
Entidades sindicais repudiam unilateralidade do Governo e cobram continuidade do diálogo.
As universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) permanecerão em greve, conforme anunciado pelas entidades coordenadoras do movimento. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (24), as entidades afirmaram que não têm a intenção de assinar o acordo proposto pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos na última segunda-feira (20), exigindo a continuidade das negociações.
O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Gustavo Seferian, criticou a postura do governo, classificando-a como intransigente. "Repudiamos a interrupção unilateral do processo democrático de negociação pelo governo federal", afirmou Seferian. Ele ressaltou a necessidade de mais diálogo e reiterou a disposição para negociações que contemplem não apenas demandas remuneratórias, mas também a recomposição de investimentos nas instituições federais de ensino superior.
A greve, que teve início em 15 de abril, abrange tanto os professores quanto os técnicos administrativos das instituições federais de ensino superior e colégios federais. De acordo com o balanço do Andes, assembleias realizadas até o momento indicam que 59 universidades e mais de 560 colégios federais estão em greve.
A proposta do governo, apresentada em maio, prevê aumentos salariais escalonados de 13,3% a 31% até 2026 para os professores das universidades e colégios federais. No entanto, os reajustes só seriam aplicados a partir de 2025. A ausência de reajuste neste ano é um dos pontos questionados pela categoria.
O comando de greve argumenta que há margem no orçamento para atender às demandas, especialmente após o desbloqueio de R$ 2,9 bilhões no relatório orçamentário divulgado pelo governo na última quarta-feira (22). Segundo os líderes do movimento, tais recursos devem ser destinados à recomposição das perdas salariais dos últimos anos.
A coordenadora-geral do Sinasefe, Artemis Matins, destacou a expectativa da categoria em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esperando que ele se sensibilize e contribua para destravar as negociações. "Temos expectativa de sermos recebidos pelo presidente Lula, dialogarmos com ele para que ele assuma o processo de negociação", afirmou Artemis.
Quanto aos técnicos administrativos, as negociações ainda estão em andamento. Segundo a coordenadora-geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior (Fasubra), Ivanilda Reis, a categoria apoia os pleitos dos docentes e repudia a postura do governo quanto ao encerramento das negociações.
Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos afirmou que o ganho acumulado dos docentes nos quatro anos será de 28% a 43%, dependendo da categoria, classe e titulação, considerando o reajuste de 9% concedido em 2023.
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