Um estudo recente publicado na revista Nature trouxe à tona descobertas promissoras sobre o papel da proteína HMGN1 no adenocarcinoma pulmonar, um dos tipos mais prevalentes de câncer de pulmão. A pesquisa revela que a ausência dessa proteína em células cancerígenas pode torná-las mais suscetíveis à quimioterapia, abrindo caminho para tratamentos mais eficazes.

O oncologista torácico Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas, enfatiza a relevância desses achados: "Abordagens que miram na HMGN1 poderiam potencializar a resposta à quimioterapia, oferecendo novas esperanças para os pacientes".

O estudo, intitulado "Perda de HMGN1 sensibiliza células de câncer de pulmão à quimioterapia", combinou análises de dados genéticos de bancos de dados renomados, como o The Cancer Genome Atlas (TCGA), com experimentos em células cancerígenas. Os resultados indicam que a HMGN1 desempenha um papel crucial no reparo do DNA, e sua deficiência pode aumentar a eficácia dos tratamentos quimioterapêuticos.

De acordo com os últimos dados disponíveis da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de pulmão foi o mais diagnosticado globalmente em 2022, sendo o adenocarcinoma pulmonar responsável por 40% dos casos. Apesar dos avanços nos tratamentos, o prognóstico a longo prazo para esses pacientes continua sendo um desafio significativo, ressalta Ferreira, destacando a importância do desenvolvimento de diagnósticos precoces e terapias direcionadas.