A prática da automedicação, cada vez mais comum no Brasil, apresenta sérios riscos à saúde pública. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), mais de 20 mil mortes anuais são relacionadas ao consumo irresponsável de medicamentos.

Rafaela Chaves, farmacêutica do Hospital Vita, destaca a preocupação com o aumento significativo dessa prática, especialmente após a pandemia de Covid-19. "Temos visto uma crescente adesão à automedicação, muitas vezes impulsionada por propagandas que não fornecem informações adequadas aos consumidores", ressalta.

Analgesicos, antitérmicos e anti-inflamatórios de venda livre estão entre os medicamentos mais utilizados de forma indiscriminada. No entanto, o alerta se estende aos antibióticos, cujo uso inadequado contribui para o desenvolvimento de superbactérias, um grave problema de saúde pública global.

A infectologista Dra. Marta Fragoso adverte sobre os riscos associados à automedicação, incluindo reações alérgicas graves e danos aos órgãos vitais. "É fundamental buscar orientação profissional para o uso adequado de medicamentos e evitar complicações sérias", destaca.

Rafaela Chaves enfatiza a importância de relatar sintomas ao farmacêutico e seguir as orientações de uso. "A automedicação responsável requer consciência sobre os riscos e a busca por informações claras", destaca.

A mensagem é clara: para proteger sua saúde, evite a automedicação e sempre busque orientação médica ou farmacêutica. O uso consciente de medicamentos é fundamental para evitar danos à saúde e contribuir para o combate à resistência antimicrobiana.