Além de regular o sono, a melatonina, hormônio naturalmente produzido pelo corpo humano, emerge como uma promessa no tratamento do melasma, uma condição dermatológica que afeta a pigmentação da pele. De acordo com o Dr. Maurizio Pupo, farmacêutico e professor especialista em cosmetologia, a melatonina apresenta propriedades antioxidantes que podem beneficiar não só a saúde da pele, mas também o corpo como um todo.

Estudos recentes evidenciam os potenciais benefícios da melatonina no tratamento do melasma. Um estudo da University of Miami Miller School of Medicine, em 2022, demonstrou que o uso tópico e oral da melatonina resultou em significativo clareamento da pele e maior proteção contra o fotoenvelhecimento em pacientes com melasma. Outra pesquisa, conduzida pela DY Patil University, em Mumbai, em 2023, revelou que a combinação de melatonina oral com ácido tranexâmico oral teve melhores resultados no tratamento do melasma em comparação ao uso isolado do ácido tranexâmico.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que o melasma afete cerca de 35% das mulheres brasileiras, causando preocupações significativas com a saúde da pele. O Dr. Maurizio destaca que além do impacto estético, o melasma pode levar a complicações psicológicas, como ansiedade e depressão, e danos à pele devido a tratamentos caseiros inadequados.

A melatonina não só oferece esperança para o tratamento do melasma, mas também traz benefícios para a saúde geral. Suas propriedades antioxidantes ajudam a prevenir o envelhecimento precoce da pele, fortalecem o sistema imunológico, regulam o humor, protegem o coração e os vasos sanguíneos, e contribuem para a saúde cerebral.

No entanto, o Dr. Maurizio enfatiza a importância de consultar um médico antes de iniciar a suplementação de melatonina e alerta contra tratamentos caseiros para o melasma. "Sempre aconselhamos que o uso de suplementação seja acompanhado por um profissional especializado para garantir os melhores resultados para a saúde do seu corpo e pele", conclui o especialista.