Geral
A luta dos deslocados do Sudão
Milhões de pessoas enfrentam deslocamento, fome e violência em meio à guerra devastadora no Sudão.
Após fugir da guerra no Sudão para o Egito, Mohamed Ismail enfrenta desafios diários para sustentar seus cinco filhos com um salário escasso de cerca de 100 dólares por mês, obtido em

uma fábrica de papel em Gizé. Com um de seus filhos traumatizado pelo som das explosões durante a fuga de Cartum, a situação é desesperadora.
A guerra no Sudão, que começou em 15 de abril de 2023, gerou a maior crise de deslocamento do mundo, expulsando mais de 8,5 milhões de pessoas de suas casas. As lutas entre o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares devastaram a capital e desencadearam ondas de violência em regiões como Darfur e Gezira, importantes centros agrícolas.
"Estar seguro em algum lugar é a coisa mais importante", afirma Ismail. "Nem estamos pensando em educação porque a situação econômica não permite isso."

A crise humanitária se agrava com o colapso do sistema de saúde sudanês, permitindo surtos de doenças como sarampo e cólera. A ajuda humanitária enfrenta dificuldades de acesso devido ao controle restrito do exército e relatos de saques em áreas controladas pela RSF.
Enquanto isso, deslocados como Ahmed, que perdeu tudo o que tinha durante a guerra, enfrentam dificuldades no Egito, onde buscam refúgio. A incerteza quanto ao futuro e a falta de recursos tornam a situação ainda mais desesperadora.
"A guerra criou uma das piores crises humanitárias e de deslocamento do mundo", destaca Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Ele alerta para o risco de mais refugiados sudaneses migrarem para a Europa se a ajuda não for fornecida.
Enquanto isso, a guerra ameaça desestabilizar ainda mais a região, com potências externas intervindo no conflito e interrompendo as exportações de petróleo do Sudão do Sul, agravando a crise econômica na região.
Em meio ao caos, indivíduos como Imad Mohieldin, um músico conhecido como Imad Babo, lutam para encontrar esperança em um futuro incerto. "Minha profissão é a música... (mas) não há lugar para a música em tempos de guerra", lamenta Imad.

A situação no Sudão representa não apenas uma crise humanitária, mas também um alerta para a necessidade urgente de intervenção internacional para prevenir mais sofrimento e instabilidade na região.
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