No âmbito da medicina e da ciência, um novo marco promete revolucionar a pesquisa clínica no Brasil. Com a aprovação do Projeto de Lei 7.082/2017 na Câmara dos Deputados, o país dá um passo significativo rumo à regulamentação e otimização dos estudos com seres humanos, uma ferramenta crucial na busca por novos tratamentos e medicamentos.

Com aproximadamente 8.805 estudos de pesquisa clínica realizados, o Brasil representa 42% do total na América Latina, destacando-se pela diversidade populacional e condições climáticas variadas. No entanto, essa marca ainda corresponde a apenas 2% do total de estudos realizados globalmente, com os Estados Unidos, Europa e China liderando o cenário.

"Essa aprovação é um marco para a ciência brasileira. Com ela, esperamos reduzir o tempo de aprovação dos estudos, fortalecendo a pesquisa clínica no país e atraindo investimentos estrangeiros", destaca Fernando de Rezende Francisco, gerente executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro).

O Projeto de Lei, aprovado com 305 votos a favor e 101 contra, promete desburocratizar o processo de pesquisa clínica, priorizando projetos de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliando a oferta de medicamentos e tratamentos disponíveis para a população.

"Com a regulamentação da Pesquisa Clínica, além dos benefícios diretos para a saúde pública, podemos esperar um aumento na oferta de empregos no setor de saúde, impulsionando ainda mais a economia", acrescenta Francisco.