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Tanque Israelense dispara e mata Jornalista da Reuters no Líbano
Pesquisa da Reuters revela disparos fatais e possível uso de metralhadora; especialistas divergem sobre intencionalidade do ataque.
Um relatório da Organização Holandesa de Pesquisa Científica Aplicada (TNO) revelou detalhes angustiantes do ataque ocorrido em outubro, onde uma tripulação de um tanque israelense matou o jornalista visual Issam Abdallah, da Reuters, e feriu gravemente a fotógrafa Christina Assi, da Agência France-Presse (AFP), em uma zona próxima à vila libanesa de Alma al-Chaab.
O TNO, contratado pela Reuters para analisar o incidente, destacou que "provavelmente" o tanque israelense disparou dois projéteis de 120 mm contra os jornalistas, seguidos por tiros de uma metralhadora. O ataque durou 1 minuto e 45 segundos.
A editora-chefe da Reuters, Alessandra Galloni, condenou o ataque, afirmando: "Reiteramos nossos apelos a Israel para que explique como isso poderia ter acontecido e responsabilize os responsáveis".
Investigação e Contexto
O relatório aponta que, dos sete jornalistas atacados, apenas dois sobreviveram, usando coletes à prova de bala e capacetes azuis, claramente identificados como imprensa. Os jornalistas estavam filmando bombardeios transfronteiriços quando foram atacados.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram, anteriormente, que não tinham como alvo os jornalistas, alegando que o incidente ocorreu em uma zona de combate ativo. No entanto, o Direito Internacional Humanitário proíbe ataques a jornalistas, considerando-os civis protegidos.
Análise do Relatório
O relatório da TNO conclui que os tiros da metralhadora, após os dois disparos do tanque, provavelmente vieram do mesmo local. Especialistas em direito internacional humanitário divergem sobre a intencionalidade do ataque, considerando-o um possível crime de guerra.
Jessica Dorsey, especialista em direito internacional humanitário, afirmou que o relatório fortalece o argumento de um crime de guerra, enquanto Nick Kaufman, advogado britânico-israelense, destaca que a investigação deve compreender a inteligência militar por trás da implantação.
Ainda não está claro se a tripulação do tanque sabia que estava atacando jornalistas, e as Forças de Defesa de Israel estão trabalhando em uma resposta às perguntas da Reuters sobre o incidente.
A tragédia levanta questões sobre a segurança dos jornalistas em zonas de conflito e destaca a necessidade de investigações transparentes para esclarecer as circunstâncias do incidente.
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