O governo do Distrito Federal emitiu um alerta sobre a gravidade dos casos de dengue, indicando que a doença pode evoluir para condições como hepatite e insuficiência renal. A Secretaria de Saúde ressalta que a inflamação causada nos órgãos, combinada com a ação do vírus, contribui para o agravamento dos quadros.

Segundo a pasta, o vírus da dengue provoca uma inflamação nos órgãos como baço, fígado e tecido linfático, levando a uma série de sintomas. A alteração na permeabilidade dos vasos sanguíneos resulta na perda de plasma, levando à desidratação do paciente. A diminuição das plaquetas, atingindo a medula óssea, pode causar sangramentos, sinalizando a necessidade de atenção médica.

A Secretaria de Saúde destaca que não há medicamento específico para a dengue, e o tratamento visa controlar os sintomas, como febre, com o uso de paracetamol ou dipirona. O ácido acetilsalicílico (AAS) e anti-inflamatórios são contraindicados. Em casos graves, com sinais de alarme, como dores fortes na barriga, vômitos persistentes, e sangramentos, é recomendada a busca imediata por ajuda médica.

A pasta ressalta a importância de procurar unidades de saúde ao primeiro sinal de sintomas e informa que as estruturas foram adaptadas para realizar hidratação venosa, se necessário. Em situações mais graves, os pacientes são encaminhados para unidades de pronto atendimento (UPA) ou hospitais regionais.

Quanto à vacinação, o Distrito Federal iniciou a imunização de crianças de 10 e 11 anos contra a dengue. As doses estão disponíveis em 15 unidades básicas de saúde, sem a necessidade de agendamento. Até o momento, quase 10 mil crianças foram vacinadas nos primeiros quatro dias.

O Ministério da Saúde selecionou 521 municípios para receber as doses contra a dengue pelo SUS, abrangendo 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença.