O senador Davi Alcolumbre (União AP), se envolveu em nova controvérsia após destinar R$ 9 milhões do orçamento secreto para uma obra em Santana, Amapá, executada pela empreiteira de seu suplente, Breno Barbosa Chaves Pinto. A Construtora e Reflorestadora Rio Pedreira, de propriedade do suplente, já enfrentou investigações por suspeita de superfaturamento em outra obra viária no estado.

Em dezembro de 2022, a Polícia Federal investigou a Rio Pedreira por suposto superfaturamento de R$ 6,1 milhões em uma obra viária. Na ocasião, o suplente de Alcolumbre foi alvo de busca e apreensão. Agora, novas revelações indicam que a empreiteira está envolvida em um projeto financiado pelo orçamento secreto do senador.

Os fundos para a obra em Santana foram empenhados em dezembro de 2020, por meio do esquema do orçamento secreto, declarado inconstitucional pelo STF em 2022. Apesar da ilegalidade, os pagamentos foram mantidos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), iniciando apenas no final do ano passado.

Embora os documentos não mencionem diretamente o nome de Alcolumbre, o prefeito de Santana, Sebastião Bala Rocha, afirmou publicamente que os recursos foram enviados a pedido do ex-presidente do Senado. O senador, por sua vez, não divulgou a lista de emendas apoiadas, como exigido pelo STF.

As investigações conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e PF apontaram indícios de superfaturamento na contratação da empresa para obras emergenciais de manutenção na rodovia BR 156. O montante do superfaturamento atingiu R$ 6.179.116,97, resultando em 22 mandados de busca e apreensão em vários municípios do Amapá, incluindo Santana, sede da Rio Pedreira.

*Jornal da Cidade