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Avanços científicos com análises sanguíneas podem revolucionar detecção precoce de demência
Pesquisadores britânicos desenvolvem testes que prometem diagnosticar Alzheimer rapidamente

Estudos recentes têm aproximado a realização de análises sanguíneas confiáveis para a detecção precoce da demência. Um projeto de 5 milhões de libras, realizado no National Health Service (NHS) por pesquisadores do Reino Unido, visa possibilitar em até cinco anos os diagnósticos de demência em segundos.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, os pesquisadores avaliaram um teste sanguíneo comercial já disponível no mercado, que demonstrou ser tão eficaz, ou até superior, às punções lombares e exames dispendiosos na detecção de sinais de Alzheimer no cérebro.
Nicholas Ashton, primeiro autor do estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, destacou a importância dos resultados ao afirmar que a pesquisa evidenciou que os medicamentos Donanemab e Lecanemab podem retardar o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer.
Ashton ressaltou que para receber os novos medicamentos "é preciso comprovar a presença de amiloide no cérebro", enfatizando a impossibilidade de realizar punções lombares e exames cerebrais em todas as pessoas que necessitam desses procedimentos para confirmar o diagnóstico, por serem exames muito caros. "É por isso que a análise do sangue tem um enorme potencial", concluiu.
O pesquisador expressou confiança de que os testes podem ser úteis mesmo na ausência de medicamentos, pois podem indicar se a doença é de fato Alzheimer ou outro tipo de demência, orientando assim a gestão e o tratamento do paciente.
Apesar de promissor os estudos ainda estão em estágio inicial. A pesquisa envolveu análise de dados de diferentes ensaios nos Estados Unidos, Canadá e Espanha, com a participação de 786 pessoas entre homens e mulheres, divididos em grupos de pessoas com e sem a doença. Os testes revelaram que a análise do sangue era tão precisa quanto os baseados em punções lombares e superava as avaliações de atrofia cerebral na identificação de sinais de Alzheimer.
Richard Oakley, diretor adjunto de pesquisa e inovação da Alzheimer's Society, considera o estudo um passo importante na direção certa, ressaltando no entanto, a necessidade de mais investigação. "Ainda precisamos ver mais pesquisas em diferentes comunidades para compreender a eficácia dessas análises sanguíneas em todas as pessoas que vivem com a doença", enfatizou.
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