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Câncer de Colo do Útero, Brasil enfrenta desafios para alcançar metas Globais
Número de casos três vezes acima da meta da OMS; Movimento Brasil sem Câncer de Colo do Útero busca soluções e destaca avanços científicos.

Apesar dos avanços na prevenção, o câncer de colo do útero no Brasil apresenta um desafio significativo, com uma taxa de 13 casos para cada 100 mil mulheres, três vezes superior à meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 17 mil novos casos anualmente para o triênio 2023-2025.
O Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) destaca a necessidade urgente de medidas como a adesão à vacina contra HPV, oferta de testagem molecular do HPV e a ampliação do acesso ao Papanicolau para atingir as metas da OMS até 2030.
O Movimento Brasil Sem Câncer do Colo do Útero, liderado pela oncologista clínica Angélica Nogueira Rodrigues, busca alinhar-se com as diretrizes da OMS, ajustando estratégias conforme o perfil epidemiológico e socioeconômico do Brasil. Em entrevista no EVA CAST, Angélica destaca a importância de adaptar o rastreamento, considerando que o Brasil utiliza o exame de Papanicolau, enquanto a OMS recomenda o teste de HPV DNA.
A OMS estabelece metas ambiciosas para 2030, incluindo a vacinação de 90% das meninas até os 15 anos, o rastreamento de 70% das mulheres entre 35 e 45 anos e o tratamento de 90% dos casos no estágio inicial. O Brasil, propõe uma adaptação para 90-30-90, enfatizando o Papanicolau como método de rastreamento.
O Grupo EVA advoga pela incorporação do teste molecular para HPV no Sistema Único de Saúde (SUS), destacando seu parecer preliminar favorável pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) em janeiro de 2024. O teste molecular é mais eficiente na detecção de lesões precursoras, possibilitando tratamentos menos invasivos.
Imunização e prevenção
Em relação à vacina contra HPV, os últimos dez anos mostram uma tendência preocupante, com uma diminuição contínua na quantidade de doses aplicadas. A marca de 5,8 milhões de doses em 2023, no entanto, sinaliza uma retomada, aproximando-se do resultado de 2015.
A imunização é essencial na prevenção do câncer de colo do útero e está disponível no SUS para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, além de grupos específicos. O Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), uma associação sem fins lucrativos, lidera a luta contra o câncer ginecológico, promovendo educação, pesquisa e prevenção.
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