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Debates intensificam discussão sobre futuro do Ensino Médio no Brasil
Propostas para substituir o Novo Ensino Médio geram intensos debates no Congresso; Projeto de Lei 5.230/2023 e recomendações da Subcomissão Temporária são destaques.

A discussão sobre o futuro do Ensino Médio no Brasil ganha destaque no Congresso Nacional, com propostas de substituição do Novo Ensino Médio (NEM) em pauta para 2024. Aprovado em 2017, o NEM teve suas regras implementadas em 2022 e agora enfrenta a possibilidade de reformulação. Dentre as iniciativas em debate, destaca-se o Projeto de Lei 5.230/2023, apresentado pelo Executivo, e as recomendações da Subcomissão Temporária para Debater e Avaliar o Ensino Médio no Brasil (Ceensino).
A reforma do Ensino Médio, conduzida em 2017 durante o governo Michel Temer, trouxe mudanças significativas, como a agrupação de disciplinas em áreas do conhecimento e a personalização da grade curricular pelos estudantes. Contudo, desde a sua implementação, o modelo enfrenta críticas e desafios.
Segundo o Ministério da Educação, a suspensão da implementação do NEM desde abril de 2023 foi motivada pela falta de apoio de educadores e estudantes, indicando a necessidade de revisão.
Para especialistas críticos às mudanças, a nova abordagem pode aprofundar desigualdades entre estudantes de escolas públicas e privadas, além de direcionar jovens para itinerários de qualificação profissional de baixa complexidade, muitas vezes oferecidos precariamente.
Com a possível substituição do NEM, a vida de quase 8 milhões de estudantes pode ser impactada, conforme dados do último censo escolar divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). Em 2022, foram registradas 7,86 milhões de matrículas no Ensino Médio, com expectativa de crescimento para o censo de 2023.
O Projeto de Lei 5.230/2023 propõe alterações substanciais na Política Nacional de Ensino Médio no Brasil. O texto, atualmente em análise na Câmara dos Deputados, redefine carga horária, disciplinas obrigatórias, formação de professores e itinerários formativos.
A Subcomissão Temporária para Debater e Avaliar o Ensino Médio no Brasil, instalada no Senado, desempenha papel crucial no processo. Realizando audiências públicas ao longo de 2023, o colegiado ouviu representantes de diversos setores interessados, incluindo governo, entidades ligadas à educação, trabalhadores, sociedade e estabelecimentos de ensino.
A presidente da Ceensino, senadora Teresa Leitão (PT-PE), destaca a importância do debate público e ressalta a busca por um "ensino médio renovado". O relatório da senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), apresentado em dezembro, traz recomendações para ajustes na lei do NEM, como a ampliação da carga horária dedicada à formação geral básica.
As discussões devem continuar em 2024, com a expectativa de votação do relatório a partir de fevereiro. Dentre os desafios identificados, destacam-se a necessidade de ampliação da carga horária, infraestrutura adequada, formação de professores e a busca por mecanismos que superem as desigualdades no sistema educacional brasileiro. O debate envolve ainda questões como evasão escolar, realidade dos alunos, e a importância de ouvir a juventude nas decisões sobre o Ensino Médio no país.
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